A Bíblia diz muito claramente que os anjos existem. Do Antigo ao Novo Testamento há muitas passagens bíblicas que não apenas afirmam a existência dos anjos, mas também registram a atuação deles no mundo. Apesar de dizer que os anjos existem em grande quantidade, a Bíblia não informa um número exato.
A Igreja Cristã sempre entendeu que as Escrituras ensinam que os anjos existem. Mas há também outras religiões que falam na existência dos anjos, ainda que o conceito de anjo que essas religiões possuem em nada se parece com a verdadeira doutrina bíblica sobre o assunto.
Entre os povos antigos, desde muito cedo também já havia a ideia acerca da existência de seres espirituais. Contudo, os estudiosos dizem que foi especialmente entre os persas que o conceito da existência de anjos como uma espécie de mensageiros divinos se desenvolveu. Inclusive, alguns estudiosos críticos se esforçam para provar que o povo judeu assimilou e derivou sua doutrina sobre os anjos dos persas.
Mas é claro que esses críticos estão completamente equivocados. De fato a história prova que os israelitas absorveram muitos costumes de povos vizinhos e das nações que os subjugaram, sobretudo nos tempos de cativeiro. No entanto, com relação aos anjos, a Bíblia desenvolve a doutrina da existência dos anjos desde o princípio. No próprio Pentateuco há referências claras sobre a realidade dos anjos (cf. Gênesis 19:1-15; 28:12; 32:1).
As referências bíblicas que afirmam que os anjos existem são tão vastas que a teologia sistemática dedica uma matéria exclusiva ao estudo dessas referências. Essa matéria é chamada de angelologia. Por isso que, por outro lado, muitos eruditos capacitados e especializados nesse assunto concluem que foi o conceito persa sobre anjos que derivou da angelologia dos hebreus. Saiba também o que são os anjos.
Negar que os anjos existem é um erro
Nos tempos bíblicos do Novo Testamento havia um partido religioso e aristocrático dos judeus que negava a existência dos anjos: os saduceus. O grupo dos saduceus era constituído principalmente de famílias sacerdotais.
Isso significa que os sacerdotes, que eram os principais oficiais do culto levítico, pertenciam a esse grupo. Mas ainda assim os saduceus não aceitavam importantes doutrinas bíblicas, dentre elas a existência dos anjos.
O escritor do livro de Atos diz que no julgamento do apóstolo Paulo houve dissensão entre os fariseus e os saduceus por causa desse assunto. Ele escreve: “Porque os saduceus dizem que não há ressurreição, nem anjo, nem espírito; mas os fariseus reconhecem uma e outra coisa” (Atos 23:8). Durante seu ministério terreno, o Senhor Jesus Cristo reprovou a doutrina dos saduceus (Mateus 22:24-34).
Infelizmente na atualidade muitos estudiosos da Bíblia estão concordando com os saduceus e cometendo o erro de negar que os anjos existem. Cresce o número de teólogos liberais que ensinam que a doutrina dos anjos é apenas um tipo de metáfora bíblica cuja utilidade é revelar o cuidado de Deus em favor de seu povo.
A Bíblia diz que os anjos existem
Em nenhuma parte a Bíblia tenta provar a existência dos anjos fazendo uso de argumentação ou propondo algum debate. A Bíblia simplesmente afirma com muita naturalidade a existência dos anjos e registra repetidamente esses seres espirituais em ação.
A Bíblia mostra os anjos louvando a Deus (Jó 38:7; Salmos 148:1,2); guerreando contra outros anjos rebeldes que caíram em pecado (Daniel 10-12; Apocalipse 12:7,8); agindo como mensageiros de Deus, especialmente em ocasiões importantes da história da redenção (Mateus 1:21; Lucas 2:8-11); protegendo, ajudando e servindo o povo de Deus (Mateus 18:10); e como agentes que executam o juízo divino (Mateus 13:41,42; Apocalipse 15; 16). Entenda melhor o que os anjos fazem.
Tudo isso indica que a doutrina bíblica sobre a existência dos anjos é muito sólida e irrefutável. O teólogo L. Berkhof acerta ao dizer que ninguém que se incline diante da autoridade da Palavra de Deus pode duvidar da existência dos anjos.