Efrata é um nome alternativo que a Bíblia registra para a cidade de Belém de Judá. Dessa forma, na Bíblia “efrateu” geralmente é a designação de alguém natural da região de Efrata. Mas os descendentes de Efraim algumas vezes também são chamados de “efrateus”.
Efrata também era o nome da esposa de Calebe e mãe de Hur (1 Crônicas 2:19,50). Há alguma discussão no que diz respeito ao significado dessa palavra, mas muitos estudiosos sugerem que Efrata significa “lugar frutífero”. Isso se harmoniza com o fato de que o nome Belém – que designa o mesmo lugar que Efrata – significa “casa do pão”.
A cidade de Efrata
Frequentemente os estudiosos afirmam que Efrata era o antigo nome de Belém de Judá. De qualquer forma, os textos bíblicos indicam que esse nome era uma designação equivalente para Belém (cf. Gênesis 35:16-19).
Mas ainda há algumas referências que parecem fazer uma leve distinção entre Efrata e Belém, ainda que mantendo uma associação direta entre uma e outra. Por exemplo: o livro de Rute traz a seguinte afirmação: “E todo o povo que estava na porta e os anciãos disseram: Somos testemunhas; o SENHOR faça a esta mulher, que entra na tua casa, como a Raquel e como a Léia, que ambas edificaram a casa de Israel; e há-te já valorosamente em Efrata e faze-te nome afamado em Belém” (Rute 4:11).
A profecia do profeta Miqueias emprega a forma composta “Belém-Efrata” para falar sobre o local do nascimento de Jesus Cristo (Miqueias 5:2). Nessa passagem Belém-Efrata é identificada como um lugar pequeno e sem expressão de Judá, mas de onde haveria de sair o Messias prometido.
Alguns estudiosos sugerem que pode ser que inicialmente Efrata tenha sido independente de Belém, mas com o tempo acabou sendo integrada a Belém. Outros também sugerem que talvez Efrata fosse o nome do distrito maior onde se localizava Belém.
Foi nas proximidades de Efrata que Raquel deu à luz a Benjamim e morreu. A Bíblia diz que ela foi sepultada “no caminho de Efrata; está é Belém” (Gênesis 35:19). Mais recentemente alguns intérpretes têm considerado as referências sobre o local do sepultamento de Raquel nos livros de 1 Samuel e Jeremias para propor que a Efrata citada em Gênesis ficava mais próxima de Betel, ao norte da fronteira de Benjamim (cf. 1 Samuel 10:2; Jeremias 31:15).
Outra referência a Efrata difícil de interpretar é aquela registrada no Salmo 132. O texto poético diz que a Arca da Aliança foi encontrada em Efrata (Salmo 132:6). Então alguns comentaristas defendem que nesse caso essa área na Palestina designada como “Efrata” estava conectada com Quiriate-Jearim, ou talvez seja uma referência poética aos territórios das tribos do Norte que muitas vezes são identificados como “Efraim”.
Os efrateus
Os efrateus eram os habitantes de Efrata. Nesse sentido, devido à associação entre Efrata e Belém, o termo “efrateu” pode ser entendido como equivalente ao termo “belemita”. É assim que os membros da família de Noemi são chamados de “efrateus, de Belém de Judá” (Rute 1:2). Jessé, o pai do rei Davi, também é designado como “um homem efrateu, de Belém de Judá” (1 Samuel 17:12).
Mas conforme já foi dito no início, os efraimitas – descendentes da tribo de Efraim – também são chamados algumas vezes de “efrateus”. Elcana, o pai do profeta Samuel, é designado como efrateu (1 Samuel 1:1). Antes disso, efraimitas do tempo de Jefté também são chamados de efrateus (Juízes 12:5). No entanto, traduções mais modernas têm traduzido essas passagens empregando o termo “efraimita” ao invés de “efrateu”.