Jesus Cristo é o nosso modelo supremo de caráter, e devemos imitá-los todos os dias de nossas vidas. O apóstolo Pedro em sua primeira epístola, escreve dizendo que devemos seguir as pisadas de Cristo, pois Ele nos deixou o exemplo (1 Pedro 2:21).
Na verdade a Bíblia está repleta de passagens que afirmam que Jesus é nosso grande exemplo (Mateus 11:29; João 13:12-17; 1 Coríntios 11:1; a Tessalonicenses 1:6; etc.). O pastor William Hendriksen, em seu Comentário do Novo Testamento sobre a Epístola de Paulo aos Filipenses, argumenta que se Cristo não for o nosso exemplo, então nossa fé é estéril e nossa ortodoxia, morta.
Jesus de Nazaré, o Filho do Homem
Jesus nasceu em Belém, mas cresceu em Nazaré. Nazaré era uma pequena aldeia da Galiléia, e seus habitantes geralmente eram ridicularizados e desprezados pelos judeus do sul. Seu nascimento foi profetizado nas Escrituras do Antigo Testamento, e anunciado pelo anjo do Senhor a Maria e José.
Maria, mãe de Jesus, era uma jovem que nunca havia conhecido homem algum; isto é, ela era virgem quando concebeu Jesus. José de Nazaré, marido de Maria, era um carpinteiro de profissão, um homem simples, mas integro, justo e temente a Deus. A ele coube a tarefa de ser o pai legal de Jesus.
A Bíblia não fornece praticamente nenhuma informação sobre a infância e adolescência de Jesus, apenas a ocasião em que Ele, com 12 anos de idade, foi encontrado entre os doutores no Templo após estar com seus pais em Jerusalém para a celebração da Páscoa (Lucas 2:41-51).
Todavia, a Bíblia nos informa que nesse período Jesus crescia “em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens” (Lucas 2:52; cf. 2:40).
Durante seu ministério, o título mais utilizado por Jesus para se auto-designar foi “o Filho do Homem”; uma expressão que, no sentido usado por Jesus, encontra sua origem numa visão do profeta Daniel, e aponta para a sua autoridade divina (Daniel 7:13). Saiba mais sobre o significado da expressão “Filho do Homem”.
O ministério e o caráter supremo de Jesus
Durante os relatos do ministério terreno de Jesus, podemos perceber nitidamente seu modelo supremo de caráter. Antes da encarnação, Jesus sempre foi Deus, em igualdade com o Pai e com o Espírito Santo. Ele mesmo declarou: “Eu e o Pai somos um” (João 10:30). Isso não significa que Eles são uma única pessoa, mas pessoas distintas em uma única substância.
Ele é o criador de todas as coisas, e sem Ele nada do que foi feito se fez (João 1:1-5; Colossenses 1:16). Sobre Ele, o profeta Isaías profetizou: “E o seu nome será Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Isaías 9:6).
Todavia, o mesmo profeta também o apresentou como o Servo sofredor. Ele é Aquele que desceu a terra e foi “desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer” (Isaías 53:3).
O apóstolo Paulo também falou sobre o auto-esvaziamento de Cristo, dizendo que Ele tomou a forma de servo, “fazendo-se semelhante aos homens” (Filipenses 2:7). É importante entender que nesse processo de auto-esvaziamento, Cristo não abriu mão de seus atributos divinos, ou seja, Ele não se despojou de seus atributos, mas se despojou dos privilégios de sua existência em igualdade com Deus, abrindo mão de viver na glória celestial para se fazer carne, e, sendo homem, morrer no Calvário.
Em Jesus, encontramos o modelo supremo de como devemos ser justos, misericordiosos, amorosos, bondosos, pacificadores, longânimes, mansos, abnegados e dispostos a servir, assim como Ele serviu os piores pecadores.
A obra perfeita de Cristo
Como já foi dito, na encarnação o Filho de Deus não passou a ser menos divino; ao contrário, Ele afirmou ser igual a Deus. A obra redentora na cruz exigiu que Jesus fosse perfeito homem e perfeito Deus. Somente sendo homem Ele poderia morrer no lugar do seu povo; e somente sendo Deus Ele poderia satisfazer as exigências da justiça e santidade divina em relação ao pecado.
É por isso que o escritor da carta de Hebreus escreve que “por isso convinha que em tudo fosse feito semelhante a seus irmãos, para se tornar um sumo sacerdote misericordioso e fiel nas coisas concernentes a Deus, a fim de fazer propiciação pelos pecados do povo” (Hebreus 2:17).
A obra redentora do Filho de Deus foi anunciada ainda na ocasião da Queda do Homem quando o pecado entrou no mundo por Adão (Gênesis 3:15). Ele morreu, mas também ressuscitou, e nele somos vivificados, e aguardamos a promessa de sua gloriosa vinda (1 Coríntios 15:22-24).
Jesus é o seu modelo de caráter?
O caráter de Jesus é o exemplo supremo para a Igreja. Paulo aconselhou os filipenses dizendo que “haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus” (Filipenses 2:5). O próprio Cristo declarou: “Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também” (João 13:15).
É claro que no sentido redentivo não podemos imitá-lo, mas capacitados pelo Espírito Santo podemos seguir seus passos, de modo que nossas vidas reflitam o caráter de Cristo, revelando as virtudes do fruto produzido pelo Espírito em nós (Gálatas 5:22).
É impossível que alguém seja um cristão genuíno sem que Jesus Cristo seja seu modelo supremo de caráter; pois jamais seria capaz de atender a ordem para negar-se a si mesmo, tomar a sua cruz e segui-lo.