Isabel foi a mãe de João Batista e esposa do sacerdote Zacarias. Além de ser esposa de um sacerdote, ela mesma era de ascendência sacerdotal (Lc 1:6). Isabel aparece na Bíblia apenas no Evangelho de Lucas (Lc 1:5-66).
O que significa o nome Isabel?
O nome Isabel significa “Deus é meu juramento” ou “meu Deus prometeu”. Isabel vem do hebraico ‘elisheba, e é o mesmo nome que aparece no livro de Êxodo como Eliseba, se referindo à esposa de Arão.
Isabel, mãe de João Batista
Isabel é conhecida entre os cristãos principalmente por ter sido a mãe de João Batista. A Bíblia descreve Isabel e seu esposo Zacarias, como pessoas justas e irrepreensíveis, profundamente dedicadas e comprometidas com os mandamentos do Senhor (Lc 1:6).
Como já dissemos, o capítulo 1 do Evangelho de Lucas é o único texto que nos fornece algumas informações a respeito de quem foi Isabel na Bíblia. No versículo 7 desse capítulo, Isabel e seu esposo já aparecem na narrativa bíblica como duas pessoas idosas.
Além da idade avançada, o mesmo versículo nos informa que o casal não tinha filhos, pois Isabel era estéril. Analisando todo o texto de Lucas sobre o casal, podemos perceber que Isabel e Zacarias eram judeus piedosos que aguardavam ansiosamente a vinda do Messias.
Certo dia, quando seu marido estava exercendo o sacerdócio diante de Deus, ele recebeu a visita de um anjo do Senhor, Gabriel, que lhe anunciou que Isabel daria à luz um filho, e que seu nome deveria ser João.
O anjo também disse a Zacarias que seu filho seria “grande aos olhos do Senhor“, um homem usado para converter muitos dos filhos de Israel a Deus, agindo na virtude de Elias para “preparar ao Senhor um povo bem disposto” (Lc 1:17).
Antes, no versículo 15, o anjo passou recomendações de costumes semelhantes ao nazireado acerca do comportamento que João deveria ter, e comunicou que, mesmo antes de seu nascimento, ele seria repleto do Espírito Santo.
Zacarias agiu com incredulidade diante das palavras do anjo, e acabou ficando mudo até que a promessa feita a ele fosse cumprida. Depois destas coisas, Isabel engravidou, e durante cinco meses não saiu de casa.
O versículo 25 registra uma importante fala de Isabel acerca de tudo o que estava ocorrendo:
E ela dizia: “Isto é obra do Senhor fez! Agora ele olhou para mim com favor, para desfazer a minha humilhação perante o povo. ”
(Lucas 1:25)
Entre os versículos 26 e 38 do próprio capítulo 1, encontramos o anúncio do nascimento de Jesus que foi feito a Maria. Também percebemos que o anjo lhe falou acerca da gravidez de Isabel (Lc 1:36), e naqueles dias Maria foi visitá-la.
Maria era uma parente de Isabel, provavelmente uma prima segundo o termo grego empregado (Lc 1:36). A Bíblia diz que quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino que carregava em seu ventre ficou agitado, e ela foi tomada do Espírito Santo.
Nesse contexto é que Isabel fez a conhecida proclamação acerca de Maria e de Jesus: “Bendita é você entre as mulheres, e bendito é o filho que você dará à luz!” (Lc 1:42). Naquele momento Isabel já tinha a completa compreensão de que o menino que estava no ventre de Maria seria o Salvador (Lc 1:43). Maria ficou com Isabel aproximadamente três meses e depois voltou para sua casa.
O versículo 57 descreve o momento do nascimento de João. Nos versículos seguintes (59-65), também somos informados do ato milagroso que ocorreu no momento em que João recebeu seu nome, com Isabel confirmando a escolha que já havia sido dita a seu marido pelo anjo, e também com Zacarias voltando a falar.
Nada mais é dito acerca de Isabel na Bíblia além desse breve, mas importante relato. Entretanto, em poucas palavras podemos conhecer o tipo de pessoa que Isabel foi. Isabel era uma mulher temente a Deus e que confiava fielmente sem Suas promessas.
Na história de Isabel também podemos ver claramente a soberania de Deus na realização de seus propósitos. Se Deus escolheu Maria, uma jovem virgem, para dar à luz ao Messias, Ele também escolheu Isabel, uma idosa estéril, para dar à luz ao último dos grandes profeta de Israel (Mt 11:13), àquele que seria o responsável por preparar o caminho para o Salvador (Lc 1:76).
Apesar de Isabel ter passado a maior parte de sua vida como uma mulher estéril, essa condição era apenas temporária e fazia parte dos planos eternos de Deus. Sua gravidez foi o cumprimento de diversas profecias já anunciadas ainda no Antigo Testamento (Is 40:3-5; Ml 3:1; cf. 4:5,6).