Jesus é perfeito! Isso significa que Jesus nunca pecou. Ele nunca transgrediu a Lei de Deus e jamais fez qualquer coisa que não revelasse a glória de Deus. Então apesar de ter sido tentado Ele venceu todas as tentações e n’Ele não foi achado erro ou falha alguma.
Mas qual a importância de Jesus ser o homem perfeito? A importância da perfeição de Jesus Cristo tem a ver com sua obra e, principalmente, com sua pessoa. Se Jesus não fosse perfeito Ele também não seria Deus; e se Ele não fosse Deus, consequentemente Ele não poderia realizar nenhuma obra redentora realmente válida.
Jesus, homem perfeito e Deus verdadeiro
A Bíblia não deixa qualquer dúvida quanto a humanidade e a divindade de Jesus Cristo. Como homem, Jesus nasceu em Belém e cresceu na cidade de Nazaré. Foi filho da jovem virgem Maria, e adotado por José, o carpinteiro que se casou com Maria.
Como homem, Jesus cresceu em sabedoria, em estatura e em graça (Lucas 2:52). Ele aprendeu e ensinou, trabalhou e descansou, sorriu e chorou, se alimentou e sentiu fome, e esteve se sujeito a todas as outras atividades comuns aos seres humanos (cf. Mateus 4:2; 27:46; Marcos 14:32-42; 15:34; João 4:6; 11:35-38; 19:28; etc.). Como homem, Jesus também foi tentado em tudo, mas nunca cedeu a qualquer tentação (Mateus 4:1-11; Hebreus 4:15).
Como Deus, Jesus não tem princípio e nem fim de dias. Ele é de eternidade em eternidade. Ele falou a verdade quando disse: “Antes que Abraão existisse, Eu Sou” (João 8:58). Divino, Jesus Cristo é o Filho do Deus vivo, o Unigênito do Pai (Mateus 16:16; 1 João 4:9). Ele é o próprio Emanuel, o Deus conosco (Mateus 1:23). Ele é o Verbo encarnado, a Imagem do Deus invisível (João 1; Colossenses 1:15).
Jesus não deixou de ser Deus para ser homem
Aqui é importante entender que a Bíblia não fala de Jesus como duas pessoas, uma divina e outra humana. A Bíblia fala de Jesus como uma só pessoa que possui uma natureza humana e outra divina. Na teologia esse ensino é chamado de união “hipostática” e diz respeito à união misteriosa e perfeita entre a natureza humana e a natureza divina na única pessoa de Cristo; de modo que Ele é verdadeiro homem ao mesmo tempo em que também é verdadeiro Deus.
Jesus não deixou de ser Deus para ser homem; bem como também não deixou de ser homem para ser Deus quando terminou seu ministério terreno e subiu ao Céu. Quando encarnou, Cristo não abriu mão de seus atributos, Ele não deixou de lado sua divindade. O que a Bíblia diz é que Ele, “embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se, mas esvaziou-se a si mesmo” (Filipenses 2:6,7).
Isso significa que voluntariamente Ele não se apegou a algumas de suas prerrogativas como Deus, e se submeteu a um processo de humilhação a ponto de ser achado em forma humana. Em tudo isso, contudo, Ele continuou sendo plenamente Deus, ainda que também tenha se tornado plenamente homem. Saiba mais sobre a natureza humana de Cristo.
Jesus é perfeito e sua obra também é perfeita
Jesus, o homem perfeito realizou também uma obra perfeita. Ele foi revelado ao mundo imaculado e sem defeito. Por isso a declaração de João Batista resume a perfeição da pessoa e da obra de Jesus Cristo: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (João 1:29).
O apóstolo Paulo faz uma exposição na qual ele contrasta a pessoa e obra de Adão e a pessoa e obra de Cristo, a quem chama de “último Adão” (1 Coríntios 15). Jesus, o último Adão, foi perfeito onde o primeiro Adão fracassou. Se o primeiro Adão nos trouxe condenação e morte, o último Adão nos trouxe justiça e vida (Romanos 5).
Hoje, Jesus, o homem perfeito, está assentado e exaltado à destra do trono de Deus (Hebreus 12:2). Ele é nosso Sumo Sacerdote perfeito e eterno que se compadece das nossas fraquezas, pois Ele mesmo suportou e venceu todas as tentações. Jesus, o homem perfeito nos redimiu do pecado, e pelos méritos d’Ele somos também chamados à perfeição (cf. Mateus 5:48; Colossenses 1:28; 4:10-12).