A obra salvífica de Jesus Cristo foi resultado do grande amor de Deus que amou de forma salvadora pecadores que mereciam o inferno em castigo pelos seus pecados. A obra salvífica de nosso Senhor não foi algo improvisado por Deus, não foi um tipo de plano B, mas foi algo planejado desde a eternidade (Efésios 1:1-14).
A obra salvífica de Jesus Cristo foi um sacrifício perfeito
No Antigo Testamento sacrifícios eram realizados para apaziguar a ira de Deus com relação ao pecado de seu povo. Os sacrifícios consistiam em um ato essencial do culto da Antiga Aliança. Numa época de Páscoa, por exemplo, acredita-se que mais de 200 mil cordeiros eram sacrificados. Saiba mais sobre os tipos de sacrifícios no Antigo Testamento.
Todos esses sacrifícios eram temporários e serviram para apontar para o sacrifício perfeito e definitivo de Cristo, nosso Cordeiro pascal (1 Coríntios 5:7). Eles não podiam pagar a divida do pecado do homem perante Deus, e eles não tinham o poder de prover a libertação do pecado.
É justamente por isto que o profeta João Batista declarou que Jesus é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, no sentido de que somente Ele é quem pode prover a expiação do pecado (João 1:29). Saiba por que Jesus é o Cordeiro de Deus.
O resultado disto pode ser percebido nas palavras do escritor de Hebreus ao escrever que “pelo cumprimento dessa vontade fomos santificados, por meio do sacrifício do corpo de Jesus Cristo, oferecido uma vez por todas” (Hebreus 10:10).
A obra salvífica de Jesus Cristo trouxe reconciliação
O pecado separou o homem de Deus. Após a Queda do homem com Adão, a humanidade se tornou completamente corrompida pelo pecado. Incapaz de desejar e amar as coisas de Deus, o homem passou a buscar ativamente a todo tempo tudo aquilo que transgride e afronta a Lei do Senhor. Entenda o que é o pecado na Bíblia.
Isto significa que o homem se tornou inimigo de Deus e merecedor de sua ira. Somente através da obra salvífica de Jesus Cristo é que é o pecador pode ser reconciliado com Deus. Muitas teorias heréticas surgiram ao longo da História da Igreja para falar da natureza do sacrifício de Cristo.
Todas elas têm em comum o fato de desprezar a obra de Cristo. Essas teorias enxergam o sacrifício de Cristo no Calvário como outro qualquer. Um exemplo disto é a teoria do exemplo, que diz que a expiação de Cristo apenas serviu como um bom exemplo a ser seguido para fins salvíficos.
A verdadeira doutrina bíblica fala de substituição penal. Isso quer dizer que Cristo tomou o lugar de pecadores que estavam mortos em seus delitos e pecados, e recebeu em seu lugar o castigo da ira de Deus, suprindo as exigências de sua justiça. Por isso sua obra salvífica trouxe reconciliação. O apóstolo Paulo escreve que Deus estava em Cristo reconciliando o mundo consigo mesmo (2 Coríntios 5:19).
A obra salvífica de Jesus Cristo proveu a redenção
A obra salvífica de Jesus Cristo mostrou que o preço que Ele pagou para redimir o seu povo foi seu próprio sangue. Ninguém seria capaz de pagar tal preço, nem mesmo o próprio pecador. Mas somente Deus poderia prover tal pagamento.
Quando olhamos para essa verdade bíblica podemos entender a importância da compreensão acerca das duas naturezas de nosso Senhor Jesus Cristo: a natureza humana e a natureza divina. Ele precisava ser 100% homem para poder morrer em nosso lugar; e ao mesmo tempo precisava ser 100% Deus para poder satisfazer a justiça divina e redimir o seu povo. A cruz era o nosso lugar! Mas Cristo a ocupou e pagou a nossa divida para com Deus. Ele nos redimiu e nos reconciliou com o Pai.
A obra salvífica de Jesus expressa o amor e a graça de Deus
A obra salvífica de Jesus Cristo é a maior expressão do amor e da graça de Deus. Deus não passou a nos amar porque Cristo morreu crucificado no Calvário, mas Cristo morreu numa cruz porque Deus nos amou desde a eternidade, antes da fundação do mundo (Efésios 1:4).
Por isto o apóstolo Pedro, ao falar sobre a obra salvífica de Jesus, escreve que fomos resgatados da nossa vã maneira de viver não por coisas corruptíveis, mas “com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado; o qual, na verdade, em outro tempo foi conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado nestes últimos tempos por amor de vós” (1 Pedro 1:18-20).