Quais São as Dez Pragas do Egito e Quais Foram Seus Significados?
As dez pragas do Egito foram juízos da parte de Deus enviados contra os egípcios para que eles soubessem que Ele é o Senhor. Enquanto as pragas eram enviadas, Faraó se recusava a libertar os hebreus. Somente após a décima praga os filhos de Israel partiram do Egito.
Quais foram as dez pragas do Egito?
As dez pragas do Egito foram: sangue, rãs, piolhos, pestes nos rebanhos, úlceras, chuva de pedras, gafanhotos, trevas e a morte dos primogênitos.
Antes que as dez pragas fossem enviadas, Moisés e Arão, com a ordem do Senhor, foram falar com Faraó para que ele deixasse o povo de Israel partir. Todavia, Deus já havia lhes avisado que Faraó não os escutaria. Portanto, Deus colocaria sua mão sobre o Egito (Êxodo 7:4).
A seguir, veremos mais detalhadamente o efeito de cada uma das dez pragas enviadas por Deus contra o Egito.
Primeira praga: sangue (Êxodo 7:20)
Na primeira praga, as águas do Egito tornaram-se sangue. Aqui é importante saber que o rio Nilo não foi o único afetado por essa primeira praga. Todos os canais, lagoas e reservatórios de água que haviam no Egito também foram atingidos pela praga (Êxodo 7:17-19).
Alguns argumentam que essa praga consistiu apenas na transformação das águas em uma coloração vermelha. Eles alegam que talvez isso tenha acontecido pela mistura da argila vermelha que descia das terras altas da Etiópia. Porém, o termo original hebraico nunca é utilizado para denotar cor vermelha, mas sempre o sangue como substância.
Além de ser a fonte da vida agrícola do Egito, o rio Nilo era cultuado como um tipo de divindade. Quando Deus feriu as águas daquele rio, isso também significou um ataque ao panteão dos deuses egípcios. Os magos do Egito conseguiram imitar essa praga, e Faraó foi endurecido (Êxodo 7:22).
Segunda praga: rãs (Êxodo 8:6)
Na segunda praga, muitas rãs, provenientes do rio e de todos os canais daquela terra, invadiram o Egito. Com essa praga, Faraó pediu que Moisés e Arão rogassem ao Senhor para que as rãs fossem tiradas de sobre as casas dos egípcios. Ele também prometeu libertar o povo. Entretanto, logo depois do fim da segunda praga, Faraó continuou com o coração endurecido.
Aqui é importante saber que na cultura religiosa egípcia, as rãs representavam a deusa Heqet. Combinado ao fato de que o rio estava produzindo tais rãs, isso significava que dois elementos sagrados do paganismo egípcio estavam lhes representando desgraças. Os magos do Egito também conseguiram imitar a segunda praga.
Terceira praga: piolhos (Êxodo 8:16)
Na terceira praga, o pó da terra foi transformado em uma epidemia de piolhos que infestou o Egito. Os magos egípcios tentaram imitar essa praga, porém não conseguiram. Depois eles admitiram que estava havendo ali uma verdadeira intervenção divina. Apesar disso, Faraó continuou endurecido, assim como o Senhor havia dito.
Quarta praga: moscas (Êxodo 8:20)
A quarta praga consistiu em enxames de moscas que castigaram todos os egípcios, porém as moscas não atingiram os israelitas. Durante essa praga, Faraó tentou negociar um acordo com Moisés. Ele queria que o povo de Israel adorasse a Deus no próprio Egito.
Moisés recusou essa proposta, e lhe avisou que o povo de Israel deveria fazer uma jornada pelo deserto por mais de três dias, sem que ficasse nada e ninguém para trás. Inicialmente Faraó parecia disposto a ceder. No entanto, assim que os enxames de moscas sumiram, Faraó terminou endurecido novamente.
Quinta praga: peste nos rebanhos (Êxodo 9:6)
A quinta praga foi uma pestilência terrível que atingiu os rebanhos dos egípcios que estavam no campo. Essa peste matou os cavalos, jumentos, camelos, ovelhas e o gado em geral. Para a execução dessa praga, Deus designou certo tempo específico, a saber, o dia seguinte.
Assim como ocorreu na quarta praga, os rebanhos dos israelitas não foram atingidos. Esse fato fez com que Faraó investigasse o caso, porém seu coração se endureceu.
Sexta praga: úlceras (Êxodo 9:10)
Deus ordenou que Moisés e Arão apanhasse nas mãos um punhado de cinzas de forno e atira-se para o céu na presença de Faraó.
Quando fizeram isso, todos os homens e animais do Egito foram castigados com úlceras, inclusive os magos que no começo das dez pragas tentaram imitá-las. Diante de todo esse sofrimento, Deus endureceu o coração de Faraó e ele não deixou o povo de Israel partir.
Sétima praga: chuva de pedras (Êxodo 9:23)
Na sétima praga, Deus fez cair sobre o Egito uma chuva de pedras sem precedente. Aquela chuva de pedras misturada com fogo não era algo natural, mas algo que revelava a soberania de Deus sobre toda a criação.
Antes, Deus também avisou que quem quisesse sobreviver, que se recolhesse em suas casas. Alguns dos oficiais de Faraó, já tendo aprendido a temer a palavra do Senhor, recolheram seus servos e gados em lugares seguros.
A chuva de pedras castigou todo o Egito, mas deixou ilesa a terra onde estavam os filhos de Israel. Com essa praga, Faraó implorou por alívio. Ele também admitiu uma possível culpa de sua parte e prometeu libertar o povo de Israel. Entretanto, quando a chuva de pedras parou, novamente ele endureceu seu coração.
Oitava praga: gafanhotos (Êxodo 10:13)
A oitava praga trouxe um número incontável de gafanhotos sobre o Egito. Tais gafanhotos devoraram tudo o que havia sobrado após a sétima praga, de modo que não restou nenhum verde nas árvores.
Antes de o Egito ser castigado por gafanhotos, Faraó tentou negociar mais um acordo com Moisés, mas a proposta foi recusada e os gafanhotos cobriram toda a terra do Egito. Faraó então mandou chamar Moisés e mais uma vez confessou ter pecado. Ele pediu que Moisés orasse ao Senhor para que os gafanhotos se retirassem, mas no final terminou endurecido.
Nona praga: trevas (Êxodo 10:22)
Na nona praga, Deus enviou sobre o Egito trevas espessas durante três dias. Não se tratava de um tipo de tempestade ou eclipse do sol, mas de trevas sobrenaturais originadas diretamente da intervenção divina.
Os egípcios celebravam a luz do amanhecer como sendo um ato de vitória do deus-sol, Rá, sobre a serpente do caos e das trevas. Quando aquelas densas trevas cobriram o Egito, isso significou uma demonstração clara da superioridade do Deus de Israel sobre o panteão egípcio. Em contra partida, os israelitas eram os únicos que possuíam luz onde habitavam.
Mais uma vez Faraó tentou negociar com Moisés uma liberação do povo de Israel para ir ao deserto adorar ao Senhor. Mas como das outras vezes, ele terminou endurecido. Faraó até ordenou que Moisés saísse de sua presença sob a ameaça de matá-lo, caso voltasse a vê-lo.
Décima praga: morte dos primogênitos (Êxodo 12:29)
A décima praga foi o ato concluinte do juízo divino sobre o Egito. Na ocasião, todos os primogênitos do Egito, dos homens aos animais, foram mortos quando o Senhor os feriu. Antes disso, Deus deu instruções específicas a Moisés sobre como os israelitas deveriam proceder. Essa ocasião resultou na celebração da primeira Páscoa.
Os filhos de Israel colocaram nos batentes de suas portas o sangue dos cordeiros sacrificados conforme Deus havia lhes ordenado. Assim, o juízo de Deus passou por cima de suas casas sem que qualquer um de seus primogênitos fosse ferido. Como resultado da décima praga, Faraó e o todo povo do Egito suplicaram que os israelitas fossem embora.
Por que Deus enviou as dez pragas ao Egito?
Deus enviou as dez pragas sobre o Egito para demonstrar o seu grande poder, e para que seu Nome fosse glorificado em toda a terra (Êxodo 9:14-16).
Aproximadamente 500 anos antes das dez pragas serem enviadas, Deus falou com Abraão sobre o futuro de sua descendência. O Senhor lhe avisou que sua descendência seria escravizada, porém o Senhor haveria de julgar a nação que a oprimiu (Gênesis 15:13,14). Portanto, as pragas do Egito também enfatizam que Deus é quem governa a História segundo os seu propósito.
Qual o significado das dez pragas do Egito?
Além de seu propósito principal conforme foi ressaltado acima, podemos dizer que com as dez pragas do Egito Deus humilhou o panteão de falsos deuses daquele povo. Dessa forma, o Senhor mostrou que:
- Ele é o único e verdadeiro Deus. Inclusive, Ele utiliza até mesmo as supostas divindades dos homens como instrumento de seu juízo. Especialmente na primeira, na segunda e na nona praga, isso ficou claro; quando símbolos das divindades egípcias foram usados para trazer-lhes castigos.
- Mesmo que o homem tente imitar seu poder, nunca conseguirá. Isso pôde ser visto a partir da terceira praga, quando os magos não foram mais capazes de reproduzi-las.
- Ele tem um cuidado pessoal para com aqueles a quem Ele escolhe. Principalmente a partir da quarta praga, podemos perceber a ênfase que é dada à condição imune dos israelitas frente aos castigos divinos.
- Ele é quem controla toda a natureza. Ele transformou pó em piolhos, controlou como quis enxames de moscas e gafanhotos, derramou chuva de pedras e fez com que densas trevas cobrissem o Egito.
- Ele é Senhor sobre todas as doenças. Ele fez com que úlceras castigassem os egípcios e uma pestilência dizimasse seus rebanhos.
- Ele é quem dá ao homem o mantimento. O Deus que havia dado abundância de mantimento ao Egito no tempo de José, também mostrou que sem sua misericórdia, o homem não pode nem mesmo se sustentar. Os falsos deuses dos egípcios não puderam livrar seus rebanhos e suas plantações quando Deus derramou seu juízo.
- Ele é quem tem o controle sobre a vida e a morte. Essa verdade ficou clara principalmente na décima praga, quanto todos os primogênitos egípcios foram mortos.
As dez pragas do Egito mostraram não apenas aos egípcios, mas aos próprios israelitas, quem é o Deus Todo-Poderoso.
Amém! Sabemos que o Egito simboliza o mundo – Fáraó representa satanás que não quer abrir mão das almas, ele pretende mantê-las escravas. Para isso, se manisfestou o Filho de Deus para destruir as obras do diabo, JESUS É A UNICA ESPERANÇA PARA ESTE MUNDO PERDIDO – LUCAS 19.10
Irmãos…..que estudo lindo…parabéns aos pastores que elucidaram coisas tremendas nesse estudo.
Aprendi demais com vocês….estão de parabéns…Glória Deus