Lição 10: Deveres Civis, Morais e Espirituais
Deveres Civis, Morais e Espirituais é o tema da lição 10 das Lições Bíblicas CPAD do 2º trimestre de 2016 para a Escola Bíblica Dominical. Nesta lição abordaremos o capítulo 12 da Epístola aos Romanos.
Deveres Civis, Morais e Espirituais
Texto Áureo:
Toda a alma esteja sujeita às potestades superiores; porque não há potestade que não venha de Deus; e as potestades que há foram ordenadas por Deus.
(Romanos 13:1)
Leitura Bíblica em Classe:
Toda a alma esteja sujeita às potestades superiores; porque não há potestade que não venha de Deus; e as potestades que há foram ordenadas por Deus.
Por isso quem resiste à potestade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação.
Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a potestade? Faze o bem, e terás louvor dela.
Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus, e vingador para castigar o que faz o mal.
Portanto é necessário que lhe estejais sujeitos, não somente pelo castigo, mas também pela consciência.
Por esta razão também pagais tributos, porque são ministros de Deus, atendendo sempre a isto mesmo.
Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra.
A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei.
(Romanos 13:1-8)
Introdução – Lição 10: Deveres Civis, Morais e Espirituais
No capítulo 12 da Epístola aos Romanos, o Apóstolo Paulo concentra sua exposição sobre a necessidade de consagração total e a vida no corpo de Cristo para os que são novas criaturas, regenerados pelo Espírito Santo. Ainda no capítulo 12, o Apóstolo usa as expressões “fazer o bem a todos os homens” e “ter paz com todos os homens” (vers. 17 e 18). Agora, no capítulo 13, Paulo fornece exemplos específicos e práticos sobre o significado de tais expressões, focando na submissão que cristãos devem ter para com as autoridades civis estabelecidas, e pela vida em santidade e pureza moral. Em outras palavras, o Apóstolo ressalta os deveres civis, morais e espirituais dos seguidores de Cristo.
Deveres Civis (Rm 13:1-7) – Lição 10: Deveres Civis, Morais e Espirituais
No versículo 1, Paulo nos ensina que o cristão tem uma razão diferente das outras pessoas para prestar submissão às autoridades governantes. Ele explica que nada foge do controle de Deus, e que, se alguém governa, é porque o próprio Deus permitiu e institui tal governo, ou seja, a estrutura governamental da sociedade está sob o controle de Deus. No livro de Daniel também encontramos a mesma verdade:
E ele muda os tempos e as estações; ele remove os reis e estabelece os reis; ele dá sabedoria aos sábios e conhecimento aos entendidos.
(Daniel 2:21)
Paulo aprofunda ainda mais o assunto mostrando que a rebelião contra as autoridades implica em rebelião contra a própria ordenação divina (vers. 2 e 3). No versículo 4, o Apóstolo explica que em condições normais, as autoridades existem em benefício da sociedade, mesmo que os governantes não sejam cristãos. Um ponto bastante discutido é o termo “espada” utilizado por Paulo, onde a pena de morte está sendo referida por ele. No livro de Atos dos Apóstolos (At 25:11), Paulo também se pronunciou sobre isso, demonstrando que qualquer atitude em relação a esse sentido deve ser priorizada pelo estado a busca pela justiça.
Nos versículo 6 e 7, Paulo instrui que os cristãos possuem o dever de pagar seus impostos, de maneira que até mesmo este ato é um elemento integrante da devoção deles à Deus. Vale ressaltar que o mesmo Apóstolo que ensina sobre nossa submissão as autoridade, também é o Apóstolo que foi cruelmente tratado pelas autoridades civis (At 16:19-24; 2Co 11:25). A Bíblia esclarece que a desobediência civil somente se justifica em casos de conflitos entre a lei humana e a lei divina. Em exemplo disso é o fato ocorrido em Atos 5:29.
Na Confissão de Fé de Westminster encontramos uma explanação interessante sobre esse assunto:
Visto que os poderes que Deus ordenou, e a liberdade que Cristo comprou, não foram por Deus designados para destruir, mas para que mutuamente nos apoiemos e preservemos uns aos outros, resistem à ordenança de Deus os que, sob pretexto de liberdade cristã, se opõem a qualquer poder legítimo, civil ou religioso, ou ao exercício dele. Se publicarem opiniões ou mantiverem práticas contrárias à luz da natureza ou aos reconhecidos princípios do Cristianismo concernentes à fé, ao culto ou ao procedimento; se publicarem opiniões, ou mantiverem práticas contrárias ao poder da piedade ou que, por sua própria natureza ou pelo modo de publicá-las e mantê-las, são destrutivas da paz externa da Igreja e da ordem que Cristo estabeleceu nela, podem, de justiça ser processados e visitados com as censuras eclesiásticas (1Pe.2:13-16; Hb.13:17; Mt.18:15-17; 2Ts.3:14; Tt.3:10; 1Co.5:11-13; Rm.16:17; 2Ts.3:6) – Capítulo 20, Artigo 4.
Deus, o Senhor Supremo e Rei de todo o mundo, para a sua glória e para o bem público, constituiu sobre o povo magistrados civis que lhe são sujeitos, e a este fim, os armou com o poder da espada para defesa e incentivo dos bons e castigo dos malfeitores (Rm 13:1-4; 1Pe 2:13-14) – Capítulo 23, Artigo 1.
Deveres Morais (Rm 13:8-10) – Lição 10: Deveres Civis, Morais e Espirituais
O versículo 7 estabelece uma ligação para o versículo 8 ao exortar que os cristãos devem cumprir seus deveres financeiros para com o Estado. Quando comparamos o versículo 7 com os versículos a seguir (8,9 e 10), percebemos que essa exortação do versículo 7 é apenas uma aplicação específica de um princípio maior que determina que todos os deveres devem ser cumpridos com base na verdade que fundamenta tais deveres: o amor ao próximo.
No versículo 8 o Apóstolo primeiramente ressalta a importância de o cristão honrar as suas dividas, e, de forma implícita, condena a prática de alguns que compram ou pegam emprestado e não se preocupam em pagar a compra ou quitar o empréstimo. O Salmo 37, de forma direta, trata essa questão:
O ímpio toma emprestado, e não paga; mas o justo se compadece e dá.
(Salmos 37:21)
Depois, Paulo foca a questão do amor. Ele ressalta que entre todas as dividas que uma pessoa possa ter, uma jamais poderá ser quitada plenamente: a dívida do amor. Paulo está tratando aqui do amor “uns pelos outros”, inclusive para com os não crentes. Para fundamentar seu argumento, Paulo cita de forma indireta e nessa ordem os mandamentos 7, 6, 8, 10, sintetizando uma só regra: “Amarás a teu próximo com a ti mesmo” (Lv 18:19). O que Paulo estava ensinando é que cada mandamento negativo, ou seja, aqueles que exprimem o “Não”, está na base de um mandamento positivo, isto é, quando amamos o próximo verdadeiramente então obrigatoriamente não mataremos, não adulteraremos, não furtaremos etc. Essa verdade está clara no versículo 10, onde Paulo conclui dizendo que o amor não faz mal ao próximo.
Deveres Espirituais (Rm 13:11-14) – Lição 10: Deveres Civis, Morais e Espirituais
A partir do versículo 11, Paulo mostra qual deve ser a atitude do Crente Justificado para com Jesus Cristo. No próprio versículo 11 o Apóstolo faz uma exortação para que os cristãos deixem de lado suas práticas pecaminosas e, auxiliados pelo Espírito Santo, possam crescer em santificação. Ele inicia o versículo com a expressão “e digo isso a vós”, referindo-se aos ensinos que encontramos nos versículos precedentes, talvez retroagindo até o capítulo 12.
Paulo afirma que “a nossa salvação está, agora, mais perto do que quando no princípio cremos”. Evidentemente Paulo está apelando para a escatologia, enfatizando a doutrina da Segunda Vinda de Cristo. O termo “salvação” está no sentido de redenção final (Rm 8:23). Paulo está usando isso como um incentivo a um modo de viver em santidade. No Novo Testamento temos várias exortações similares a essa utilizada pelo Apóstolo Paulo (Mt 25:31-46; Mc 13:33-37; Fp 4:4-7; 1Ts 5:1-23; Hb 10:24; Tg 5:7-11; 1Pe 4:7-11). Podemos encontrar a mesma verdade aqui ensinada na Parábola das Dez Virgens registrada no Evangelho de Mateus.
No versículo 12, Paulo retrata a presente era de pecado, trevas e perversidade como “noite”, e a futura era de benção, santidade e alegria como “dia”. O Apóstolo ressalta que a noite, ou seja, a presente era, está rapidamente avançando para o fim e logo dará lugar ao dia.
Paulo continua sua exortação no versículo 13, fazendo advertências contra o modo de vida carnal, que reflete as obras das trevas. A lista de seis práticas pecaminosas que ele descreve é como um resumo que representa todas as outras. Uma lista similar, porém mais extensa, pode ser encontrada em Gálatas 5:19-21.
Finalmente no versículo 14, Paulo de Tarso faz uma admoestação final que serve como uma conclusão que aborda tudo o que ele já havia dito desde o capítulo 12. De forma simples e direta ele abrange tanto a justificação quanto a santificação. Paulo faz um alerta sobre o dever dos que estão em Cristo de viverem de maneira coerente com a sua nova posição (Ef 4:1). Certamente o ensino principal de Paulo nesse versículo é que devemos nos tornar cada vez mais espiritualmente unidos a Cristo.
Conclusão – Lição 10: Deveres Civis, Morais e Espirituais
O capítulo 13 da Epístola aos Romanos resume em ensinamentos práticos e diretos os deveres e responsabilidades que o cristão possui como sendo, agora, nova criatura em Cristo. São deveres civis, morais e espirituais. Paulo ensina como deve ser o relacionamento dos seguidores de Cristo com as autoridades governamentais, também trata do dever do cristão em honrar seus impostos, amar o próximo e ter consciência da chegada do grande dia do regresso de Cristo em glória.
Escola Dominical – Lições Bíblicas 2º Trimestre 2016: Maravilhosa Graça – O Evangelho de Jesus Cristo Revelado na Carta aos Romanos EBD CPAD – Lição 10: Deveres Civis, Morais e Espirituais.
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