Lição 2: Deus, o Primeiro Evangelista

Deus, o Primeiro Evangelista é o tema da lição 2 das Lições Bíblicas CPAD do 3º trimestre de 2016 para a Escola Bíblica Dominical. Nesta lição veremos que Deus, no princípio, deu início ao trabalho da evangelização.

Deus, o Primeiro Evangelista

Texto Áureo:

Ora, tendo a Escritura previsto que Deus havia de justificar pela fé os gentios, anunciou primeiro o evangelho a Abraão, dizendo: Todas as nações serão benditas em ti.
(Gálatas 3:8) – Lição 2: Deus, o Primeiro evangelista

Leitura Bíblica em Classe:

Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei.
E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção.
E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.
Assim partiu Abrão como o Senhor lhe tinha dito, e foi Ló com ele; e era Abrão da idade de setenta e cinco anos quando saiu de Harã.
E tomou Abrão a Sarai, sua mulher, e a Ló, filho de seu irmão, e todos os bens que haviam adquirido, e as almas que lhe acresceram em Harã; e saíram para irem à terra de Canaã; e chegaram à terra de Canaã.
E passou Abrão por aquela terra até ao lugar de Siquém, até ao carvalho de Moré; e estavam então os cananeus na terra.
E apareceu o Senhor a Abrão, e disse: À tua descendência darei esta terra. E edificou ali um altar ao Senhor, que lhe aparecera.
E moveu-se dali para a montanha do lado oriental de Betel, e armou a sua tenda, tendo Betel ao ocidente, e Ai ao oriente; e edificou ali um altar ao Senhor, e invocou o nome do Senhor.
(Gênesis 12:1-8) – Lição 2: Deus, o Primeiro evangelista

Introdução – Lição 2: Deus, o Primeiro Evangelista

Nesse texto estudaremos sobre o tema “Deus, o Primeiro Evangelista”, isto é, veremos que o próprio Deus, ainda no princípio dos tempos, já introduz a ideia da evangelização. Se partirmos do princípio Bíblico de que o plano de salvação foi concebido por Deus desde a eternidade, então o propósito evangelístico é anterior à própria fundação do mundo.

No capítulo 3 do livro de Gênesis, logo após a queda do homem, vemos o próprio Deus anunciando o evangelho para os pecadores Adão e Eva:

E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.
(Gênesis 3:15)

Essa é a primeira referência ao plano de redenção na Bíblia, e a primeira promessa acerca de Cristo. O primeiro casal havia acabado de cair no pecado, e, consequentemente, estavam separados de Deus e sentenciados a morte. Porém, em meio a toda essa terrível desesperança, Deus anuncia as Boas-Novas, mostrando Seu amor e Sua soberania ao homem, e lhe fazendo uma gloriosa promessa de redenção.

A Chamada de Abraão – Lição 2: Deus, o Primeiro Evangelista

Na história de Abraão, também podemos perceber o profundo caráter evangelístico. Antes mesmo do patriarca, o livro de Gênesis nos fornece várias referências que se remetem ao plano de redenção. Entretanto, é nas promessas feitas por Deus a Abraão que tal plano começou a ser revelado com mais profundidade. Isso está de acordo com o padrão de revelação progressiva de Deus nas Escrituras.

O Apóstolo Paulo, escrevendo sua Epístola aos Gálatas, fala exatamente sobre essa questão:

Ora, tendo a Escritura previsto que Deus havia de justificar pela fé os gentios, anunciou primeiro o evangelho a Abraão, dizendo: Todas as nações serão benditas em ti.
(Gálatas 3:8)

No texto em questão, Paulo trata de problemas relacionados às práticas judaizantes, onde falsos ensinamentos de que a fé em Cristo deveria ser combinada com rituais mosaicos, estavam sendo introduzidos entre os cristãos. Então, o Apóstolo começa sua exposição com o objetivo de provar que a obra da completa da salvação só pode ser adquirida por meio da fé em Cristo e não pela confiança nas obras da Lei.

Na construção de seus argumentos, Paulo recorre ao Antigo Testamento, sobretudo a história de Abraão. Podemos dizer que Abraão estava presente na mente de Paulo durante todo o capítulo 3. No versículo 8, Paulo faz uma identificação direta entre Deus e Sua Palavra, ou seja, a Escritura é a própria Palavra de Deus. O “Evangelho” pregado a Abraão que Paulo faz referência é justamente a doutrina da justificação pela fé. O próprio contexto deixa claro que essa boa-nova anunciada a Abraão seria também para o mundo inteiro, realizada com a vinda de Cristo. A frase utilizada por Paulo em Gálatas para exemplificar esse anúncio do Evangelho a Abraão é a mesma promessa registrada no livro de Gênesis: “Em ti serão abençoadas todas as nações” (Gn 12:3; 18:18; 22:18). Evidentemente a “benção” citada nessa promessa é a própria justificação pela fé, que sem dúvida é a base para todas as outras bençãos da salvação.

Vale ressaltar que a expressão “em ti” presente na frase citada, deve ser entendida como sendo “no Messias”, isto é, na “semente da mulher” conforme já anunciado em Gênesis 3:15. Isso fica claro quando entendemos que o cumprimento pleno dessa profecia, ou seja, contemplando “todas as nações”, era algo ainda futuro. Para que fique ainda mais simples esse entendimento, o próprio Apóstolo explica esse raciocínio no versículo 16 do mesmo capítulo:

Ora, as promessas foram feitas a Abraão e à sua descendência. Não diz: E às descendências, como falando de muitas, mas como de uma só: E à tua descendência, que é Cristo.
(Gálatas 3:16)

Recomendamos para maiores detalhes sobre a biografia desse personagem bíblico, a leitura do estudo completo sobre a história de Abraão.

A Palavra de Deus é Evangélica – Lição 2: Deus, o Primeiro Evangelista

Seguindo o mesmo princípio do tópico acima, fica explicito o principio de que toda a Palavra de Deus aponta para Cristo. Muitas pessoas possuem dificuldades em perceber que o Antigo Testamento dá testemunho de Cristo. A compreensão de que o Novo Testamento lança luz sobre o entendimento do Antigo Testamento é algo fundamental para todo cristão.

Sobre isso, vejamos o que o próprio Jesus falou no Evangelho de João:

Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam;
(João 5:39)

Nos versículos seguintes, Jesus foi ainda mais específico, citando o Pentateuco (os cinco livros de Moisés) como prova que os escritos de Moisés testificam dEle:

Porque, se vós crêsseis em Moisés, creríeis em mim; porque de mim escreveu ele.
(João 5:46)

Outra passagem bíblica muito significativa na compreensão desse assunto é o episódio que ocorreu na Estrada de Emaús:

E ele lhes disse: Ó néscios, e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram!
Porventura não convinha que o Cristo padecesse estas coisas e entrasse na sua glória?
E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras.
(Lucas 24:25-27)

Uma leitura atenta do Novo Testamento revela a clara interpretação e aplicação das passagens do Antigo Testamento. Os Apóstolos também, por diversas vezes, demonstraram essa realidade. São inúmeras as referências que poderíamos citar, como por exemplo, o texto presente na Primeira Epístola de Pedro:

Da qual salvação inquiriram e trataram diligentemente os profetas que profetizaram da graça que vos foi dada, Indagando que tempo ou que ocasião de tempo o Espírito de Cristo, que estava neles, indicava, anteriormente testificando os sofrimentos que a Cristo haviam de vir, e a glória que se lhes havia de seguir.
(1 Pedro 1:10,11)

Por fim, podemos dizer que de Gênesis a Malaquias, isto é, desde o Pentateuco, passando pelos livros históricos e pelos livros poéticos, até os livros proféticos, o Evangelho de Cristo é pregado na Escritura.

Executando o Trabalho de Deus – Lição 2: Deus, o Primeiro Evangelista

Sabemos que o povo de Israel foi privilegiado por receber a revelação especial de Deus na antiga dispensação, entretanto falharam em ser o que pretendiam ser, no caso, luz para os que estão em trevas (Is 52:5; Rm 2:19; 2:24). Entretanto, as promessas de Deus não fracassaram, e Seus propósitos eternos foram cumpridos. Deus sempre preservou um remanescente fiel, o verdadeiro Israel eleito e formado por Sua graça, que guardaram diligentemente os mandamentos de Deus (Rm 11:1-10). Esse princípio foi amplamente abordado por Paulo em sua Carta aos Romanos.

Hoje, a Igreja de Cristo possui a responsabilidade de anunciar o Evangelho da graça aos que estão perdidos no pecado. Essa é a missão fundamental daqueles que foram escolhidos pelo próprio Deus para serem Seu povo exclusivo. Conforme o apóstolo Pedro ressaltou, somos “a geração eleita, sacerdócio real, nação santa, o povo adquirido” (1Pe 2:9). Diante de uma revelação tão maravilhosa, nossa tarefa não é outra, a não ser anunciar as virtudes daquele que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. Nós, que outrora andávamos completamente separados de Deus, agora, por Sua graça, alcançamos misericórdia, e temos o grande privilégio de desempenhar esse trabalho confiado a nós pelo próprio Deus.

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Conclusão – Lição 2: Deus, o Primeiro Evangelista

Muitas vezes nos esforçamos ao máximo em cumprir uma tarefa que nos foi delegada por alguém em posição de autoridade superior a nossa posição. Claro, isso é o correto, e o que devemos fazer como cristãos verdadeiros. Porém, se demonstramos tanto empenho em cumprir uma ordem humana, que comprometimento deveríamos ter no cumprimento de uma tarefa delegada pelo próprio Deus?

Ainda com base no texto de 1 Pedro 2:9-10, devemos sempre nos lembrar de que outrora andávamos completamente separados de Deus e, agora, por Sua graça, alcançamos misericórdia, resultando no grande privilégio que temos de desempenhar esse trabalho confiado a nós pelo próprio Deus. A evangelização é uma obrigação imposta e um privilégio concedido pelo próprio Deus a Sua Igreja.

Escola Dominical – Lições Bíblicas 3º Trimestre 2016: O Desafio da Evangelização – Obedecendo ao Ide do Senhor Jesus de Levar as Boas-Novas a Toda Criatura EBD CPAD | Lição 2: Deus, o Primeiro Evangelista.

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