Lição 7: José Fé em Meio às Injustiças
José Fé em Meio às Injustiças é o tema da lição 7 das Lições Bíblicas CPAD do 4º trimestre de 2016 para a Escola Bíblica Dominical. Neste estudo bíblico estudaremos sobre a providência divina na história de José.
Texto Áureo: Gênesis 39:2
Leitura Bíblica em Classe: Gênesis 37:1-11
Introdução
Lições Bíblicas 4º Trimestre de 2016 – Escola Bíblica Dominical
A história de José é uma das mais conhecidas da Bíblia, e certamente nos ensina lições fundamentais acerca da importância da fé em meio às injustiças. José foi traído por seus irmãos e levado como escravo a uma terra estranha.
Antes, Deus havia lhe dado dois sonhos acerca dos planos que tinha para sua vida. Do ponto de vista humano, José, jogado dentro de uma cova enquanto seus irmãos aparentemente decidiam seu futuro, parecia ser algo completamente contrário aos projetos de Deus, porém o que para José era uma crise, para Deus era a realização de seu propósito.
Dois Sonhos e Muitas Crises
José era filho de Jacó com Raquel. Por parte de pai e mãe, Benjamim, o caçula de Jacó, era seu irmão. Já por parte apenas de Pai, José tinha como irmãos os filhos de Lia, Zilpa e Bila.
O texto bíblico nos revela que Jacó mostrava um favoritismo por José em relação aos outros filhos. Apesar do próprio Jacó já conhecer os males desse tipo de comportamento, já que seu pai Isaque dava preferência a Esaú enquanto sua mãe Rebeca o favorecia mais do que a seu irmão, ainda assim o patriarca repetiu uma atitude parecida em sua família. Tal comportamento pode ser percebido no episódio em que Jacó presenteia José com uma túnica colorida (Gn 37:3).
Além da demonstração de favoritismo por parte do pai, a Bíblia também relata que José denunciava o mau comportamento de seus irmãos a Jacó. Isso refletia a diferença da integridade de caráter que havia entre José e seus irmãos.
Deus também deu dois sonhos a José, nos quais ele aparecia em posição de honra sobre sua casa. Todos estes fatores revelaram a inveja e o ciúme dos irmãos de José.
A Crise da Cova e da Escravidão
Motivados pela inveja e pelo ódio, os irmãos de José planejaram lhe fazer mal. Inicialmente o plano era o de matá-lo, e depois alegar diante do pai, Jacó, que um animal do campo havia lhe devorado. Entretanto, Rúben se opôs a esta ideia, e José acabou sendo lançado em uma cova.
Rúben pretendia resgatá-lo novamente, porém Judá, antes que Rúben retornasse, propôs e venda do irmão mais novo a um grupo de ismaelitas que passavam de viajem rumo ao Egito. Assim, José foi vendido como escravo pelos seus próprios irmãos (Gn 37:27-28).
Além de vendê-lo, os irmãos de José continuaram com o plano de fazer com que Jacó acreditasse que seu filho estava morto, eliminando qualquer chance do patriarca procurá-lo (Gn 37:21-34).
A companhia de ismaelitas revendeu José no Egito como uma mercadoria humana. Ele foi comprado por Potifar, um dos oficiais de Faraó. No Egito, o Senhor estava com José, fazendo-o prosperar (Gn 39:3).
Logo Potifar percebeu que tudo o que José fazia prosperava, e este lhe colocou sobre a sua casa, ou seja, Potifar entregou nas mãos de José tudo o que tinha. O resultado foi que o Senhor abençoou grandemente a casa do egípcio, por amor a José (Gn 39:5).
Quando tudo parecia bem, José novamente foi submetido a uma situação difícil. José era um jovem bonito e de porte (Gn 39: 6) e a mulher de Potifar resolveu tentar seduzi-lo. A Bíblia nos relata que ele foi tentado diariamente (Gn 39:10), e, quando foi agarrado por ela, ainda assim resistiu, entendendo que o adultério era um grave pecado contra Deus e uma terrível traição e maldade para com o marido dela que tanto bem lhe fazia (Gn 39:9).
Então, José mais uma vez foi injustiçado, acusado falsamente e condenado à prisão, e mais uma vez ele demonstrou fé em meio às injustiças. Todavia, na prisão a benção de Deus também estava sobre José, e, mesmo aprisionado, ele foi bem sucedido (Gn 39:21-23).
Sabedoria Para Administrar a Crise
Na prisão José encontrou dois homens que tinham servido a Faraó: um padeiro e um copeiro. Estes dois homens tiveram sonhos, e eles contaram a José, e Deus deu a interpretação de tais sonhos a José.
O sonho do copeiro significava que ele seria restituído em suas funções diante de Faraó, enquanto o sonho do padeiro mostrava que ele seria executado. Ao copeiro, José pediu para que se lembra-se dele quando estivesse com Faraó, pois até ali sua vida havia sido marcada por injustiças (Gn 40:14,15).
Apesar do pedido, “o copeiro-mor não se lembrou de José, antes se esqueceu dele” (Gn 40:23). Passando-se dois anos, Faraó teve aparentemente dois sonhos que lhe deixou perturbado, e ele convocou todos os sábios e adivinhadores do Egito para que pudessem interpreta-los.
Quando ninguém foi capaz de interpretar os sonhos, o copeiro se lembrou de José e contou a Faraó como ele havia interpretado os sonhos que ele e o padeiro tiveram. Então Faraó mandou chamar José.
Na presença de Faraó, José interpretou os sonhos dizendo que na verdade não eram dois, mas apenas um único sonho repetido duas vezes dada a urgência da mensagem (Gn 41:32). A interpretação do sonho significava que o Egito passaria por sete anos de grande fartura seguidos por sete anos de grande escassez.
José também aconselhou Faraó a encontrar alguém para que ficasse responsável pela administração dos recursos no período de fartura, para que assim pudessem enfrentar o período de crise. Reconhecendo a sabedoria de Deus na vida de José, Faraó o escolheu para aquela função, colocando-o como governador sobre toda a terra do Egito.
Conclusão
José foi humilhado e injustiçado muitas vezes durante sua vida. O jovem que havia sido tratado com injustiça pelos seus irmãos, foi injustiçado com falsa acusação no trabalho e injustiçado na prisão quando foi esquecido por um longo período após ter ajudado o copeiro de Faraó.
Apesar disso, sua fé permanecia firme em meio às injustiças. Ele sabia que Deus é soberano sobre todas as coisas, que Ele é o Senhor que conduz a História, e que nada, por pior que pareça ser, escapa do controle de dEle.
José não se revoltou, não guardou magoa e nem mesmo rancor. José compreendeu que tudo o que lhe ocorreu fez parte dos propósitos do Senhor, e que até mesmo o comportamento de seus irmãos foi instrumento da providência divina (Gn 45:5-8; 50:20).
Na vida de José, certamente podemos aplicar o que o Apóstolo Paulo escreveu na Epístola aos Romanos (cap. 8:28): “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito“.
Escola Dominical – Lições Bíblicas 4º Trimestre 2016: O Deus de Toda Provisão – Esperança e Sabedoria Divina Para a Igreja em Meio às Crises EBD CPAD.
Gostei do comentário resumido da lição. É uma bênção. Parabéns. Vou acompanhar toda semana.
Obrigado. Deus seja louvado.