Lição 8: Israel no Plano da Redenção

Israel no Plano da Redenção é o tema da lição 8 das Lições Bíblicas CPAD do 2º trimestre de 2016 para a Escola Bíblica Dominical. Nesta lição abordaremos os capítulos 9, 10 e 11 da Epístola aos Romanos.

Israel no Plano da Redenção

Texto Áureo:

Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém.
(Romanos 11:36)

Leitura Bíblica em Classe:

Em Cristo digo a verdade, não minto (dando-me testemunho a minha consciência no Espírito Santo):
Que tenho grande tristeza e contínua dor no meu coração.
Porque eu mesmo poderia desejar ser anátema de Cristo, por amor de meus irmãos, que são meus parentes segundo a carne;
Que são israelitas, dos quais é a adoção de filhos, e a glória, e as alianças, e a lei, e o culto, e as promessas;
Dos quais são os pais, e dos quais é Cristo segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém.
(Romanos 9:1-5)

Irmãos, o bom desejo do meu coração e a oração a Deus por Israel é para sua salvação.
Porque lhes dou testemunho de que têm zelo de Deus, mas não com entendimento.
Porquanto, não conhecendo a justiça de Deus, e procurando estabelecer a sua própria justiça, não se sujeitaram à justiça de Deus.
Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê.
Ora, Moisés descreve a justiça que é pela lei, dizendo: O homem que fizer estas coisas viverá por elas.
Mas a justiça que é pela fé diz assim: Não digas em teu coração: Quem subirá ao céu? (isto é, a trazer do alto a Cristo.)
Ou: Quem descerá ao abismo? (isto é, a tornar a trazer dentre os mortos a Cristo.)
Mas que diz? A palavra está junto de ti, na tua boca e no teu coração; esta é a palavra da fé, que pregamos.
(Romanos 10:1-8)

Digo, pois: Porventura rejeitou Deus o seu povo? De modo nenhum; porque também eu sou israelita, da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim.
Deus não rejeitou o seu povo, que antes conheceu. Ou não sabeis o que a Escritura diz de Elias, como fala a Deus contra Israel, dizendo:
Senhor, mataram os teus profetas, e derribaram os teus altares; e só eu fiquei, e buscam a minha alma?
Mas que lhe diz a resposta divina? Reservei para mim sete mil homens, que não dobraram os joelhos a Baal.
Assim, pois, também agora neste tempo ficou um remanescente, segundo a eleição da graça.
(Romanos 11:1-5)

Introdução – Lição 8: Israel no Plano da Redenção

Existem intensos debates teológicos sobre o texto que está entre os capítulos 9 e 11 da Epístola aos Romanos. Estes capítulos tratam dos papéis dos judeus e dos gentios na História. Nos primeiros capítulos da epístola (caps. 1:1-3:20) Paulo mostra que tanto os judeus quanto os gentios são totalmente pecadores. Entre os capítulos 3 (vers. 20) e 8 (vers. 39), o Apóstolo ensina que ambos, judeus e gentios, encontram a salvação do mesmo modo. A partir do capítulo 9, Paulo concentra sua exposição sobre os papeis distintos de judeus e gentios no plano de Deus para a História. Em Romanos 9:1-29, o Apóstolo fala da soberana eleição divina, depois prossegue falando sobre a incredulidade e fé de Israel (caps. 9:30-11:10) abordando as oportunidades que Israel teve, o fato de que eles rejeitaram a justiça de Deus e, por último, o futuro de Israel. Depois, ele conclui com exortações para judeus e gentios (cap. 11:11-36).

A Eleição de Israel Dentro do Plano da Redenção – Lição 8: Israel no Plano da Redenção

Entre os versículos 1 e 29 do capítulo 9 de Romanos, Paulo fala sobre a soberana eleição de Deus. O Apóstolo já havia falado detalhadamente nos capítulos anteriores sobre a posição equivalente de judeus e gentios perante Deus. Agora, no capítulo 9, Paulo busca garantir que suas perspectivas sobre Israel haviam sido compreendidas corretamente. O Apóstolo então utiliza o princípio bíblico da eleição divina para ressaltar sua exposição.

Na introdução do capítulo (vers. 1-5) notamos que o Apóstolo Paulo esta triste pelo fato de Israel ter rejeitado a Cristo. Nos versículos 6 e 7, Paulo reforça um princípio fundamental para entendermos os capítulos 9, 10 e 11, o fato de que nem todos os de Israel são filhos de Deus, ou seja, os filhos de Deus não são propriamente os descendentes físicos de Abraão, mas a descendência que deve ser considerada é formada pelos filhos da promessa (vers. 8).

Paulo recorre à escolha de Isaque e de Jacó para mostrar a eleição soberana de Deus. Com isso, Paulo também explica que os descendentes espirituais, os que serão salvos, foram escolhidos soberanamente por Deus, inclusive dentre a nação de Israel. Focando na questão dos israelitas, o Apóstolo enfatiza que somente estes escolhidos é que creram e virão a crer, ou seja, as promessas de Deus a Israel não fracassaram, pois, dentre a nação, Deus elegeu soberanamente indivíduos para a salvação.

O Tropeço de Israel Dentro do Plano da Redenção – Lição 8: Israel no Plano da Redenção

A partir do versículo 30 do capítulo 9, Paulo de Tarso trata da incredulidade e fé de Israel. Ele já havia estabelecido a importância da eleição divina no lugar da identidade ética. Ele introduz o assunto com a expressão: “Que diremos, pois?”. Nos versículos anteriores ele explicou a incredulidade dos judeus em termos da soberania divina. Paulo, agora, diagnostica tal incredulidade como consequência de um compromisso prioritário e fatal com um falso caminho de justiça. O Apóstolo mostra a soberania divina e a culpa da obstinação humana como os dois lados da realidade.

Pala graça e soberania de Deus, os gentios, que não buscavam a justiça divina, agora a receberam mediante a fé em Cristo. Por outro lado, Israel, como povo, falhou em recebê-la porque a buscava por uma estrada em que não poderia encontrá-la. Assim, Cristo foi para os judeus como uma pedra de tropeço na qual eles tropeçaram (Rm 9:32-33; 1Pe 2:8).

A Restauração de Israel Dentro do Plano da Redenção – Lição 8: Israel no Plano da Redenção

Nos versículos 1 ao 10 do capítulo 11, Paulo pergunta de modo incisivo se Deus havia rejeitado o seu povo. O próprio Apóstolo era uma prova de que Deus não havia rejeitado total e definitivamente Israel, em que ele havia posto o seu amor. Da mesma forma com que existia um remanescente fiel em Israel no tempo do profeta Elias, continuava também a existir nos dias de Paulo um remanescente formado pela graça de Deus, que, por meio dessa graça os eleitos obtêm a salvação.

Entre os versículos 25 e 32, os argumentos de Paulo são entendidos de várias formas diferentes, fazendo com esse texto seja alvo de muitos debates. Podemos citar as quatro principais interpretações sobre esse texto:

1. Ele mostrou como Deus salva todos os que fazem parte do seu povo eleito. Assim, no versículo 26, a expressão “todo Israel” é entendida como sendo sinônimo de “a Igreja”, ou seja, um Israel espiritual, incluindo judeus e gentios.
2. Paulo mostrou como Deus salva aqueles em Israel que estão destinados para a salvação, isto é, “todo Israel” implica em todos os eleitos dentre o povo de Israel.
3. O Apóstolo mostrou que Deus, no futuro, irá trazer uma salvação tão ampla ao povo de Israel a ponto de se poder dizer que “todo o Israel será salvo”.
4. Paulo se referia às circunstâncias imediatas de seu ministério no contexto da tensão entre judeus e gentios tão frequente na Igreja do século 1. Com isso ele expressava particular preocupação acerca do fato de que os crentes gentios precisavam evangelizar os judeus incrédulos e acolher bem os novos convertidos. Essa interpretação então sugere que “todo o Israel” diz respeito a todos os judeus eleitos estritamente nos dias de Paulo.
5. A expressão “todo o Israel” significa “toda a nação de Israel”, incluindo cada membro em particular. Essa sugestão é completamente descabida, pois o Apóstolo repetidamente deixa claro que ele rejeita a ideia de salvação de cada indivíduo israelita.
6. A expressão “todo o Israel” refere-se à nação de Israel como um todo, mas não necessariamente incluindo cada membro em particular. Essa sugestão é muito semelhante a sugestão 3 apresentada anteriormente.

Conclusão – Lição 8: Israel no Plano da Redenção

Os capítulos 9, 10 e 11 da Epístola aos Romanos reconhecidamente são capítulos muito debatidos entre os estudiosos. Como vimos, existem diversas interpretações sobre eles, mas uma coisa que não pode ser negado é que tais capítulos nos revelam a soberania de Deus na eleição divina. Nestes capítulos também aprendemos que as promessas de Deus, seus planos e propósitos, jamais fracassarão.

Escola Dominical – Lições Bíblicas 2º Trimestre 2016: Maravilhosa Graça – O Evangelho de Jesus Cristo Revelado na Carta aos Romanos EBD CPAD – Lição 8: Israel no Plano da Redenção.