O Dilúvio Foi Universal ou Local?

A Bíblia diz que o dilúvio foi universal. Isto significa que as águas do dilúvio cobriram toda a terra. Mas nas últimas décadas tem crescido a aceitação de algumas teorias que defendem que o dilúvio teria sido local. Dessa forma, supostamente o juízo de Deus atingiu apenas a região do Antigo Oriente Próximo e não todas as partes do planeta Terra.

Quem defende que o dilúvio foi um evento local afirma que toda a população humana estava concentrada no vale da Mesopotâmia. Assim, qualquer inundação local seria descrita com proporção global. Mas não há nada que comprove a condição de que o homem não teria migrado para fora daquela região, mesmo numa época muito remota. Existem evidências de fósseis humanos extremamente antigos espalhados por todo o planeta.

A ideia de um dilúvio local também não explica o fato de fósseis de animais marinhos serem encontrados em montanhas ao redor do mundo. Além disso, também não se pode desconsiderar a enorme variedade de relatos de povos antigos de todas as partes do mundo sobre uma inundação universal.

Mas o mais importante é que a Bíblia não deixa qualquer dúvida de que o dilúvio foi universal. O escritor de Gênesis escreve:

E as águas prevaleceram excessivamente sobre a terra; e todos os altos montes que havia debaixo de todo o céu, foram cobertos.
(Gênesis 7:19)

Por que o Dilúvio foi universal?

Algumas questões importantes que apontam para um dilúvio universal devem ser consideradas. Citaremos algumas aqui:

  1. Se o Dilúvio tivesse sido local, Noé não precisaria ter construído uma arca. Ele poderia ter migrado para qualquer outro local longe da inundação. Saiba mais sobre quem foi Noé.
  2. Sem um dilúvio universal não haveria a necessidade de juntar os animais. Num dilúvio local todos os outros animais fora do perímetro da inundação continuariam preservados. Saiba também quantos animais cabiam na arca de Noé.
  3. O relato bíblico em Gênesis 7:19, afirma que “todos os altos montes que havia debaixo de todo o céu foram cobertos”. Essa afirmação é uma questão de física. A água busca seu próprio nível! Se apenas um alto monte tivesse sido coberto, como o Ararate, por exemplo, as águas teriam atingido todo o planeta.
  4. Gênesis 7:11 claramente afirma que todas as fontes do grande abismo se romperam. O grande abismo nesse caso se refere às profundezas oceânicas. Esse cenário sem dúvida reforça a ideia de um dilúvio universal.
  5. As dimensões espetaculares da arca construída por Noé não parecem concordar com a ideia de que ela teria servido apenas como escape de um dilúvio local. Entenda qual era o tamanho da arca de Noé.
  6. As inundações locais mais severas e destrutivas da História da humanidade duraram apenas poucos dias. Mas o dilúvio bíblico durou por um período de um ano. Esse período aponta para uma inundação sem prescendentes!
  7. Além dos capítulos 6 e 7 do livro de Gênesis, a Bíblia Sagrada confirmar um dilúvio universal em diversas outras passagens. No Novo Testamento, por exemplo, o apóstolo Pedro em suas epístolas se refere a um dilúvio universal (1 Pedro 3:20; 2 Pedro 2:5). Além disso, o próprio Jesus parece ter ensinado sobre as proporções mundiais do dilúvio (Mateus 24:37-39; Lucas 17:26,27). Por fim, o escritor de Hebreus também indica um dilúvio universal em sua epístola (Hebreus 11:7).
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De onde vieram as águas do Dilúvio?

A principal questão levantada por quem contesta a ideia de um dilúvio universal, é a questão da origem das águas desse dilúvio. Segundo quem pensa assim, não existiria água suficiente disponível no planeta para provocar um dilúvio universal na Terra. Então, de onde teria vindo tanta água no dilúvio?

Sobre isto, o livro de Gênesis informa de maneira clara e direta de onde vieram as águas do dilúvio:

No ano seiscentos da vida de Noé, no mês segundo, aos dezessete dias do mês, naquele mesmo dia se romperam todas as fontes do grande abismo, e as janelas dos céus se abriram,
E houve chuva sobre a terra quarenta dias e quarenta noites.
(Gênesis 7:11,12)

Em primeiro lugar, precisamos saber que a Terra foi profundamente alterada pelo dilúvio. Isso significa que no período antediluviano as condições de vida na Terra, principalmente referente ao clima, eram bem diferentes das condições atuais.

Não sabemos muitas coisas sobre o período antediluviano. Os relatos bíblicos parecem indicar que a chuva, assim como a conhecemos hoje (principalmente de forma torrencial), ainda não havia ocorrido antes do dilúvio. Parece que um tipo de vapor era o responsável por regar a terra.

Se considerarmos o texto de Gênesis 1:6-8, esse vapor de água estaria suspenso na atmosfera. Essa condição poderia proporcionar um clima essencialmente diferente do que temos na atualidade. Isso talvez explique o fato de existirem fósseis de animais tropicais e depósitos de carvão em regiões polares. Tudo isso evidencia uma repentina mudança climática.

Esse vapor de água, pelo menos em quantidade, parece ser muito diferente do vapor presente atualmente em nossa atmosfera. Se todo o vapor atual caísse sobre a terra, não seria capaz de cobri-la por completo como aconteceu no dilúvio. Outra questão que precisa ser considerada é que no dilúvio universal ocorreu uma grande elevação do nível das águas oceânicas (Gênesis 7:11).

Seja como for, o que realmente importa é que para Deus, o criador de todas as coisas, não seria nada difícil prover água para que um plano arquitetado por Ele mesmo fosse realizado. Neste ponto, as evidências cientificas inevitavelmente são ofuscadas pela fé. Portanto, biblicamente a melhor interpretação é aquela que diz que o dilúvio foi universal.

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2 Comentários

    1. Amém Eduardo!

      Fico feliz em poder contribuir com o seu crescimento no estudo da Palavra de Deus.

      Deus abençoe sua vida!