Estudo Bíblico de Êxodo 11

Êxodo 11 é capítulo bíblico que descreve como Deus anunciou a décima praga sobre o Egito. Além disso, o estudo bíblico de Êxodo 11 mostra que esse capítulo serve de introdução para a importante instituição da Páscoa no capítulo seguinte.

Um esboço de Êxodo 11 pode ser organizado da seguinte forma:

  • O anúncio divino da décima praga sobre o Egito (Êxodo 11:1-3).
  • A proclamação e descrição da décima praga (Êxodo 11:4-8).
  • A reação de Faraó (Êxodo 11:9,10).

O anúncio divino da décima praga sobre o Egito (Êxodo 11:1-3)

Êxodo 11 começa com Senhor falando a Moisés que mais uma praga haveria de cair sobre o Egito. Então após essa praga, Deus disse que finalmente os egípcios não apenas deixariam os israelitas partirem, mas basicamente os expulsariam totalmente (Êxodo 11:1).

Nesse ponto há algo interessante. Em Êxodo 9, quando Deus enviou a sétima praga ao Egito, o escritor bíblico aplicou uma palavra hebraica que significa literalmente “golpes” (Êxodo 9:14). Mas em Êxodo 11, o mesmo escritor usa uma palavra diferente, cujo significado transmite com mais intensidade o sentido de “doença”, provavelmente enfatizando uma ferida mortal que resultaria na morte dos primogênitos de todo o Egito. Seja como for, esse detalhe parece enfatizar que essa praga seria o golpe final do juízo de Deus sobre aquele povo.

Em seguida, Deus ordenou que Moisés dissesse ao povo que pedisse aos seus vizinhos objetos de prata e de ouro (Êxodo 11:2). O povo obedeceu essa ordem, e o texto bíblico diz que o Senhor tornou os egípcios favoráveis aos israelitas, de modo que o próprio Moisés tinha uma consideração muito grande no Egito pelo povo e até pelos oficiais de Faraó (Êxodo 11:3).

Esse episódio é relembrado em outras passagens bíblicas (Êxodo 12:35,36; Salmos 105:36-38). Mas sempre fica claro que por causa da intervenção do Senhor, os egípcios doaram voluntariamente tudo o que os israelitas pediram. Contudo, os egípcios não foram obrigados a dar o que os israelitas pediram. Eles deram prata e ouro aos israelitas porque quiseram dar. Mas ao mesmo tempo, de acordo com o testemunho bíblico, os egípcios somente fizeram isso porque Deus os tornou favoráveis aos israelitas.

Talvez isso não faça muito sentido dentro da limitação dos nossos pensamentos, mas faz todo o sentido nos insondáveis pensamentos do Senhor. Deus cumpre os seus propósitos soberanos mesmo através da livre agência de suas criaturas.

A proclamação e descrição da décima praga (Êxodo 11:4-8)

Na sequência, o texto de Êxodo 11 traz uma breve descrição do que haveria de ocorrer no Egito na décima praga. Moisés foi até diante de Faraó e lhe proclamou a palavra do Senhor. Moisés avisou a Faraó que o Senhor passaria pelo meio do Egito por volta da metade da noite (Êxodo 11:4).

Então todo o primogênito no Egito haveria de morrer. Isso incluiria tanto o filho primogênito de Faraó, ou seja, o príncipe herdeiro do trono, como também o filho mais velho de uma escrava que trabalhava no moinho. Além disso, esse juízo haveria de atingir até mesmo as primeiras crias dos gados (Êxodo 11:5).

Moisés ainda alertou que Deus havia falado que o cenário seria tão catastrófico, que o juízo divino causaria uma tristeza muito grande no Egito; haveria um clamor como jamais houve (Êxodo 11:6). Mas Deus também deixou claro que nada haveria de ocorrer contra os filhos de Israel ou contra os seus animais. Isso mostraria a Faraó e a todo o Egito, que Israel era mesmo o povo escolhido do Senhor (Êxodo 11:7).

Essa última praga seria irresistível para os egípcios, tanto que os próprios oficiais de Faraó haveriam de se inclinar e suplicar que todo o povo de Israel fosse embora do Egito. E depois de proclamar todas essas coisas, o texto bíblico diz que Moisés saiu irado da presença de Faraó (Êxodo 11:8).

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A reação de Faraó (Êxodo 11:9,10)

O texto de Êxodo 11 chega ao fim registrando que Deus antecipou a Moisés qual seria a reação de Faraó. O Senhor avisou que Faraó não haveria de ouvir as palavras que Moisés havia proclamado. Isso, no entanto, tinha um propósito último: fazer com que as maravilhas de Deus se multiplicassem na terra do Egito. O compromisso do Senhor é com a glória do seu próprio Nome. A verdade é que Deus é glorificado em tudo, seja na manifestação de sua graça, seja na manifestação de sua justiça.

Por fim, o último versículo de Êxodo 11 mais uma vez retoma o tema da soberania de Deus e a responsabilidade humana. O texto diz que Moisés e Arão fez grandes maravilhas perante Faraó, mas o Senhor endureceu o coração do monarca egípcio e ele não permitiu que os filhos de Israel saíssem do Egito.

Ao longo do derramamento das dez pragas no Egito, algumas vezes o texto bíblico diz que Faraó endureceu o seu coração; e em outras vezes diz que Deus endureceu o coração de Faraó. Isso nos ajuda a entender que Faraó não era um inocente, Ele não foi uma vítima da soberania de Deus. Na verdade, Deus endureceu um coração que já estava petrificado pela incredulidade e pela impiedade. Em outras palavras, Deus apenas o entregou mais e mais à sua própria miséria.

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