A Origem da Diversidade Cultural da Humanidade

Nesta lição estudaremos sobre a origem da diversidade cultural da humanidade. O livro de Gênesis fala exatamente sobre isto no registro do episódio envolvendo a edificação da cidade e da popularmente conhecida Torre de Babel pelos primeiros habitantes da terra no pós-dilúvio.

Introdução: A origem da diversidade cultural da humanidade

  • Texto Áureo: Gênesis 11:6.
  • Leitura Bíblica: Gênesis 11:1-9.

O capítulo 11 do livro de Gênesis descreve o recomeço da civilização na terra após o Dilúvio. Embora não nos foi deixado muitos detalhes de como teria sido o mundo antediluviano, sabemos que após a catástrofe mundial aconteceram profundas mudanças na continuidade da raça humana. Uma das mudanças mais significativas ocorreu nesse capítulo de Gênesis, onde Deus confunde a língua dos homens, para não então um a língua do outro.

No final dessa lição, poderemos notar também que mais uma vez nossa geração não se diferencia tanto em relação àquela que tentou construir a famosa torre.

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A Torre de Babel

Em nenhum momento a Bíblia esclarece quanto tempo após o Dilúvio, aconteceram os relatos do capítulo 11 de Gênesis. Algumas pessoas encontram alguma dificuldade entre os capítulos 10 e 11 de Gênesis, pelo fato de no capítulo 10 já relatar uma divisão por línguas enquanto o os capítulo 11 mostra o surgimento da diversificação de línguas.

A verdade é que esse foi apenas um método de organização e construção do texto utilizado pelo autor, onde no capítulo 10 ele enfatiza a descendência de Noé e as divisões geográficas, e no capítulo 11 ele mostra como ocorreram tais divisões com a dispersão da raça humana. Em resumo, o capítulo 11 antecede cronologicamente o capítulo 10. Existem também alguns interpretes que defendem que a ordem está correta (10 e 11), e acreditam que a confusão das línguas tenha ocorrido apenas dentro da história semita, porém essa posição não é muito aceita.

  1. O monoliguismo: Como dissemos acima, existem alguns estudiosos que defendem a ideia de que a confusão das línguas tenha ocorrido apenas dentro da história semita. Eles entendem que o capítulo 11 pertence a uma seção do livro de Gênesis, dedicado aos semitas. Como consequência dessa interpretação, tal confusão das línguas teria originado diferentes dialetos apenas entre os semitas. Essa interpretação é bastante contestada. A interpretação mais aceita sobre o capítulo 11 de Gênesis é a de que a confusão das línguas teve um impacto total, ou seja, a humanidade estava concentrada ali, e que antes disso todos falavam o mesmo idioma, o que parece claro nos versículo 1 e 6. Não se sabe qual era o idioma inicial antes do relato desse capítulo e, embora alguns sugiram o hebraico, não existe fundamentação nenhuma para uma sugestão como essa.

E era toda a terra de uma mesma língua e de uma mesma fala.

E o Senhor disse: Eis que o povo é um, e todos têm uma mesma língua; e isto é o que começam a fazer; e agora, não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer.
(Gênesis 11:1,6)

  1. Uma nova apostasia: Em Gênesis 1:28 podemos ver uma ordem direta de Deus para que o homem se espalhe e povoe a terra. Em Gênesis 9:1-7 Deus, mais uma vez, claramente repete a mesma ordem. Já em Gênesis 11:4, encontramos o típico comportamento desobediente do homem, se recusando a fazer a cumprir a vontade de Deus e, sem uma intervenção divina, toda obra do homem sempre foi e sempre será inimizade perante Deus.

E disseram: Eia, edifiquemos nós uma cidade e uma torre cujo cume toque nos céus, e façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra.
(Gênesis 11:4)

  1. Um monumento à soberba humana: O símbolo da desobediência e soberba que controlava aquela civilização era uma torre “cujo cume toque nos céus”. Não fica claro no texto se aquelas pessoas tinham medo de uma nova inundação, mesmo conhecendo a promessa de que Deus nunca mais castigaria a terra com um Dilúvio. Seja como for, o que o texto esclarece é que eles desobedeceram a Deus, e confiaram em seus próprios avanços tecnológicos.

Confusão de línguas

  1. Uma cidade à prova d’água: O objetivo principal daquelas pessoas era a construção de uma cidade muito bem estruturada que mantivesse toda a humanidade integrada (Gn 11:4). Essa cidade ficava em um vale nas terras de Sinar e, juntamente com a cidade, começaram a edificar uma torre bastante imponente. Naquela região não havia pedras para servirem de tijolo, e nem cal para ser usado como massa. Por isso o material usado foi a argila para fazer tijolos, e o betume para servir como uma massa. Ninrode foi o homem que assumiu a liderança daquele povo. Saiba quem foi Ninrode.
  2. A torre que Deus não viu: É importante dizer que a expressão Torre de Babel não aparece nos relatos do Antigo Testamento, porém ficou popularmente conhecida assim. Essa torre seria um tipo de centro e ponto de reunião daquela cidade. Podemos notar também o elemento antropomórfico na descida de Deus para ver a cidade e a torre que os homens estavam edificando.
  3. Quando ninguém mais se entende: O versículo 7 do mesmo capítulo 11 do livro de Gênesis descreve com clareza o surgimento da variedade de idiomas. A confusão das línguas foi um juízo da parte de Deus sobre os homens que trouxe confusão, frustração e dispersão.
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A multiplicidade linguística e cultural

  1. Linguísticas: As diferenças linguísticas separaram não apenas aquele povo, mas também todas as gerações posteriores. Ainda hoje, com todo o avanço tecnológico, o idioma é a principal barreira entre as pessoas de diferentes países.
  2. Culturais: Consequentemente acompanhando as diferenças linguísticas, vieram as profundas diferenças culturais.
  3. Geográficas: Após a confusão das línguas do capítulo 11, não restavam mais alternativas ao homem a não se espalhar sobre a terra, estabelecendo assim as divisões geográficas.

Conclusão: A origem da diversidade cultural da humanidade

Desde o princípio o homem tenta uma espécie de unificação. O evento descrito no capítulo 11 não deixa dúvida sobre essa ambição. O maior problema disso tudo é que inevitavelmente os propósitos humanos são contra os propósitos de Deus. Nas planícies de Sinar o homem tentou edificar uma torre, cujo cume chegasse até o céu.

Nossa civilização não fica atrás daquela civilização. Por trás da construção da cidade e da torre existe um instrumento que conhecemos muito bem: a tecnologia. O propósito deles era que seus nomes fossem perpetuados em uma civilização unificada e, logo cedo, já se percebe o uso da tecnologia para propósitos egoístas e contrários a Palavra de Deus.

Quanto a nós, vivemos na era da globalização, do maior avanço tecnológico que a humanidade já viu, todos estão conectados, unificados e, de certa forma, controlados. Muitos estão adotando a tecnologia como religião, uma religião cujo homem é um deus. Mas isso é cumprimento da palavra de Deus, antes do fim a ciência chegaria a um nível nunca visto e, talvez, ninguém melhor do que nós conseguiu compreender até agora o que Deus disse na segunda parte do versículo 6, quando Ele avisa que aquilo era apenas o começo, e que não haveria mais limites para o que o homem planejaria fazer.

[…] e isto é o que começam a fazer; e agora, não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer.
(Gênesis 11:6)

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