Lição 13: O Cultivo das Relações Interpessoais
O Cultivo das Relações Interpessoais é o tema da lição 13 das Lições Bíblicas CPAD do 2º trimestre de 2016 para a Escola Bíblica Dominical. Nesta lição abordaremos o capítulo 16 Epístola aos Romanos.
O Cultivo das Relações Interpessoais
Texto Áureo:
Ao único Deus, sábio, seja dada glória por Jesus Cristo para todo o sempre. Amém.
(Romanos 16:27)
Leitura Bíblica em Classe:
Recomendo-vos, pois, Febe, nossa irmã, a qual serve na igreja que está em Cencréia,
Para que a recebais no Senhor, como convém aos santos, e a ajudeis em qualquer coisa que de vós necessitar; porque tem hospedado a muitos, como também a mim mesmo.
Saudai a Priscila e a Áqüila, meus cooperadores em Cristo Jesus,
Os quais pela minha vida expuseram as suas cabeças; o que não só eu lhes agradeço, mas também todas as igrejas dos gentios.
Saudai também a igreja que está em sua casa. Saudai a Epêneto, meu amado, que é as primícias da Acáia em Cristo.
Saudai a Maria, que trabalhou muito por nós.
Saudai a Andrônico e a Júnias, meus parentes e meus companheiros na prisão, os quais se distinguiram entre os apóstolos e que foram antes de mim em Cristo.
Saudai a Amplias, meu amado no Senhor.
Saudai a Urbano, nosso cooperador em Cristo, e a Estáquis, meu amado.
Saudai a Apeles, aprovado em Cristo. Saudai aos da família de Aristóbulo.
Saudai a Herodião, meu parente. Saudai aos da família de Narciso, os que estão no Senhor.
Saudai a Trifena e a Trifosa, as quais trabalham no Senhor. Saudai à amada Pérside, a qual muito trabalhou no Senhor.
Saudai a Rufo, eleito no Senhor, e a sua mãe e minha.
Saudai a Asíncrito, a Flegonte, a Hermes, a Pátrobas, a Hermas, e aos irmãos que estão com eles.
Saudai a Filólogo e a Júlia, a Nereu e a sua irmã, e a Olimpas, e a todos os santos que com eles estão.
Saudai-vos uns aos outros com santo ósculo. As igrejas de Cristo vos saúdam.
(Romanos 16:1-16)
Introdução – Lição 13: O Cultivo das Relações Interpessoais
No versículo 14 do capítulo 15 da Carta aos Romanos, inicia-se a seção da epístola onde o Apóstolo Paulo concentrou suas saudações finais. Essa seção compreende metade do capítulo 15 e o capítulo 16 na íntegra. Nessa última seção, Paulo tratou de seis assuntos:
- Seus planos para o ministério (Rm 15:14-22).
- Sua visita a Roma (Rm 15:23-33).
- As saudações aos romanos (Rm 16:1-16).
- Advertências contra os rebeldes (Rm 16:17-20).
- As saudações dos companheiros (Rm 16:21-24).
- Doxologia final (Rm 16:25-27).
Na lição anterior (12), já falamos sobre os dois primeiros assuntos citados acima, restando nessa, tratarmos dos assuntos referentes ao capítulo 16.
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A Importância das Relações Interpessoais – Lição 13: O Cultivo das Relações Interpessoais
Entre os versículos 1 e 16 do capítulo 16 da Epístola aos Romanos, Paulo registra suas saudações aos cristãos da igreja de Roma. Tipicamente, as epístolas escritas pelo Apóstolo, terminam dessa mesma forma, com saudações e noticias pessoais.
Mais do uma simples lista de saudações, o capítulo 16 nos impressiona pela quantidade de pessoas citadas por Paulo, evidenciando uma importante cordialidade que existia nos relacionamentos pessoais dele. O que também fica clara é a comunhão entre aqueles irmãos, algo muitas vezes raro na igreja atual.
Antes de tudo, Paulo, nos versículos 1 e 2, recomenda Febe que, provavelmente, foi a portadora da Epístola de Paulo aos Romanos. Paulo também relata que Febe servia à igreja de Cencreia, o porto de Corinto. O termo grego utilizado nesse versículo é diakonos, que pode ser traduzido como “diácono” (Fp 1:1; 1Tm 3:8) ou “ministro” (1Tm 4:6), mas sempre com a ênfase no “servir”. Embora o versículo deixe claro que Febe exercia uma função específica na igreja, não existi consenso entre os estudiosos se ela ocupava oficialmente um cargo eclesiástico de diaconisa, ou se servia à igreja numa função não oficial, algo muito comum na Igreja Primitiva, principalmente entre as mulheres, que ocupavam posições de responsabilidade concernente ao trato com as demais mulheres da Igreja.
Dentre os nomes citados por Paulo nesse capítulo final podemos destacar:
- Priscila e Áquila: casal com quem Paulo morou em Corinto. Por conta do decreto de Cláudio, eles deixaram por um tempo Roma e acompanharam Paulo até Éfeso (At 18:18), onde instruíram a Apolo, retornando depois a Roma. Alguns estudiosos sugerem que Priscila desempenhava um papel mais ativo na Igreja do que seu marido, entretanto, nenhuma informação adicional confiável pode ser encontrada.
- Epêneo: conforme o versículo 5, um dos primeiros irmãos convertidos na Ásia.
- Maria: não existia qualquer outra identificação sobre essa mulher. Sabe-se apenas que desempenhou um grande trabalho em favor da igreja de Roma.
- Andrônico e Júnias: embora muitas pessoas não saibam, ambos os nomes são traduzidos como nomes masculinos. Na verdade já houve alguns debates entre os comentaristas sobre o gênero de Júnias. Alguns ainda defendem que Júnias teria sido uma mulher, portanto “Júnia”, e que talvez até fosse a esposa de Andrônico. Porém, atualmente a maioria dos intérpretes admite que muito provavelmente o personagem citado tenha sido realmente um homem. Sabemos também que eles se converteram antes de Paulo. Existe alguma possibilidade de terem sido parentes do Apóstolo, mas o termo “compatriotas” também é uma tradução possível. Paulo também escreve que eles eram “notáveis entre os Apóstolos”. Isso não significa que eles ocuparam o cargo apostólico como alguns sugerem, significa apenas que muito provavelmente eles desempenharam funções de destaque na Igreja da época, talvez mensageiros especiais. A mesma frase utilizada por ser traduzida do grego como “bem conhecidos pelos Apóstolos”.
- Amplíato, Urbano e Estáquis. nomes comuns de escravos, sendo os dois primeiros nomes romanos, e o último grego.
- Apeles: um nome grego comum, mas que dava ênfase no sentido de “aprovação”, ou seja, alguém que enfrentou muitas provações e foi aprovado, permanecendo fiel.
- Aristóbulo, Herodião e Narciso: existe a possibilidade do primeiro ter sido neto de Herodes, e não ter pertencido a igreja de Roma pelo estilo de saudação utilizada originalmente pelo Apóstolo. O segundo pode ter sido um escravo libertado da casa de Herodes. O último pode ter sido o mesmo Narciso ajudante de Cláudio e que teve um fim trágico quando Nero subiu ao poder.
- Trifena e Trifosa: tais nomes vêm da raiz “dócil – delicada”, e possivelmente se trate de duas irmãs.
- Pérside e Rufo: o primeiro nome era comum entre as escravas femininas. Rufo certamente é um dos nomes mais curiosos dessa lista, se compararmos com Marcos 15:21. O Evangelho de Marcos pode ter sido escrito em Roma, e tal pessoa citada ser a mesma, tanto no Evangelho quanto na Carta aos Romanos.
- Outros nomes: o Apóstolo também citou outros nomes nos versículos 14 e 15, mas não existe qualquer informação relevante sobre eles.
As Ameaças às Relações Interpessoais – Lição 13: O Cultivo das Relações Interpessoais
No versículo 17, em meio as suas saudações finais, Paulo faz uma séria advertência contra os rebeldes, com intuito de exortar os irmãos de Roma a preservarem a unidade que possuíam. Alguns intérpretes já sugeriram que os versículos 17 ao 20, fogem do contexto do restante do capítulo 16. Entretanto, essa sugestão não possui nenhuma fundamentação, pois, ao contrário disso, uma leitura atenta desse mesmo capítulo nos revela a profunda ligação dos versículos citados com o propósito do capítulo todo.
No versículo anterior (16), Paulo instruiu os irmãos de Roma a saudar uns aos outros “com ósculo santo”. Essa atitude reflete o amor e a unidade que envolvia aqueles cristãos. Diante disso, agora, no versículo 17, nada mais natural que ele fizesse uma advertência para que aqueles irmãos tomassem cuidado com as pessoas que, inevitavelmente, tentariam perturbar essa união, com o propósito de criar divisões entre eles. Em sua exortação, Paulo mostrou que a divisão é de natureza pecaminosa, e alertou para o fato de que os cristãos não devem ser ingênuos, sabendo discernir as aparências para evitar o engano.
A Fonte das Relações Interpessoais – Lição 13: O Cultivo das Relações Interpessoais
Entre os versículos 21 e 23, encontramos a saudação dos companheiros que estavam com Paulo, entre eles Timóteo e Tércio que redigiu a Carta aos Romanos. Já entre os versículos 25 e 27, encontramos a doxologia apostólica. Ao longo do tempo, a autenticidade dessa doxologia final tem sido questionada. Porém, uma interpretação correta desses versículos mostra que o assunto tratado aqui se encaixa perfeitamente como uma conclusão sobre muito do que foi dito durante toda a epístola.
Nesses versículos finais, Paulo enfatiza o seu ensino do Evangelho e seu poder para edificação, para revelação do mistério de Deus, para a fé e obediência entre as nações, e para a sabedoria soberana de Deus na redenção.
No Novo Testamento, encontramos outras doxologias, como na própria Carta aos Romanos (11:23-36) e na Epístola aos Hebreus (13:20,21).
Conclusão – Lição 13: O Cultivo das Relações Interpessoais
No capítulo 16 o Apóstolo Paulo concluiu sua Carta aos Romanos. Essa epístola é um estudo essencial e necessário para o crescimento espiritual de todos os cristãos que buscam obter um maior entendimento das Escrituras. Como já dissemos em outros textos, a Epístola aos Romanos nos proporciona uma visão geral e direta dos temas centrais da Bíblia.
Escola Dominical – Lições Bíblicas 2º Trimestre 2016: Maravilhosa Graça – O Evangelho de Jesus Cristo Revelado na Carta aos Romanos EBD CPAD – Lição 13: O Cultivo das Relações Interpessoais.