Lição 6: A Evangelização dos Grupos Desafiadores

A Evangelização dos Grupos Desafiadores é o tema da lição 6 das Lições Bíblicas CPAD do 3º trimestre de 2016 para a Escola Bíblica Dominical. Nesta lição trataremos sobre o evangelismo voltado aos grupos desafiadores.

  • Texto Áureo: João 6:37

Lição 6: A Evangelização dos Grupos Desafiadores

Na tarefa da evangelização, certamente iremos nos deparar com grupos desafiadores. Tais grupos não existem apenas em nosso tempo, mas sempre foi uma realidade presente no mundo.

No evangelismo, geralmente são considerados “grupos desafiadores” aqueles que carecem de uma abordagem um pouco mais específica, por conta do tipo de perfil de seus membros. Entretanto, apesar dos grupos desafiadores demandarem algumas estratégias evangelísticas especialmente voltadas a eles, a mensagem sempre deverá ser a mesma: o Evangelho de Cristo.

Para melhor entendimento desse tema, recomendamos também a leitura dos seguintes textos:

  1. O que é Evangelho?
  2. Como Evangelizar?
  3. O que é um Evangelista?

Jesus Anuncia o Evangelho da Inclusão – Lição 6: A Evangelização dos Grupos Desafiadores

Quando lemos os relatos acerca do ministério de Jesus, claramente podemos notar que Cristo anunciou o Evangelho da inclusão. Porém, com o passar do tempo, principalmente nos últimos anos, essa terminologia “Evangelho da inclusão” ganhou uma atribuição completamente distorcida. Há pelo menos dois tipos de “falso evangelho” que se veste com essa ideia de inclusão.

  1. O primeiro que podemos citar é o famoso “universalismo” que nos últimos anos têm surgido com outro nome: evangelho de inclusão. Basicamente o evangelho de inclusão é uma heresia que prega que todas as pessoas, no final, acabarão sendo salvas. Para os adeptos desse evangelho de inclusão, apenas as pessoas que rejeitaram a graça de Deus conscientemente após prová-la é que ficarão por toda a eternidade separadas de Deus. No evangelho de inclusão é pregado que toda a humanidade é destinada ao céu, independente da religião e mesmo os que não saibam disso, além da salvação de tais pessoas não exigir arrependimento ou fé em Cristo.
  2. O segundo falso evangelho que podemos citar, e que às vezes adota “apelidos” similares a esse, é o chamado “evangelho inclusivo”, ou “teologia inclusiva”. Esse tipo de ensinamento defende a ideia de que a Bíblia não classifica a prática homossexual como um pecado. A teologia inclusiva tenta forçar uma reinterpretação da Bíblia a partir de sua ideologia, distorcendo totalmente a Palavra de Deus.

Obviamente, penso que não precisamos nem ressaltar o teor maligno de ambas as doutrinas. O Evangelho da inclusão anunciado por Cristo é completamente diferente desses tipos de doutrinas de demônios. Quando falamos que Jesus pregou o Evangelho da inclusão, estamos nos referindo ao fato de que Ele anunciou as boas-novas da salvação aos excluídos de Sua época. Entretanto, Sua mensagem era genuína e mostrava a necessidade do arrependimento e da exigência do abandono das práticas pecaminosas.

Ao mesmo tempo em que Jesus anuncia a “água viva” à mulher samaritana, excluída e imoral, Ele também anuncia que aquele que tomar dessa água nunca mais terá sede, pois a água que Ele dá, faz brotar no pecador uma fonte de água que salta para a vida eterna, ou seja, o pecador nunca mais será o mesmo (Jo 4:13,14). O Apóstolo João, o mesmo que presenciou esse episódio da mulher samaritana, mais tarde escreveu em sua primeira epístola o seguinte:

Qualquer que é nascido de Deus não comete pecado; porque a sua semente permanece nele; e não pode pecar, porque é nascido de Deus. (1 João 3:9)

São várias as passagens bíblicas em que Jesus anuncia o evangelho aos excluídos de Sua época. Jesus frequentemente estava cercado por publicanos, pecadores, prostitutas, enfermos e pessoas que viviam em condições miseráveis.

Porém, o mesmo Jesus que faz o convite: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviareis” (Mt 11:28), é o mesmo que faz o alerta: “Na verdade, na verdade te digo, que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus” (Jo 3:3).

O Evangelho às Prostitutas – Lição 6: A Evangelização dos Grupos Desafiadores

Falando na evangelização dos grupos desafiadores, um dos principais grupos citados é aquele composto por pessoas ligadas à prostituição. Muita gente se esquece de que também devemos evangelizar essas pessoas.

Na Bíblia, encontramos vários exemplos de prostitutas que foram transformadas pelo poder de Deus. Um dos exemplos mais conhecidos é o de Raabe, uma mulher que se tornou ancestral de Jesus e acabou sendo citada na Galeria dos Heróis da Fé, apesar de outrora ter sido uma prostituta (Mt 1:5; Hb 11:31 Tg 2:25).

O Evangelho aos Homossexuais – Lição 6: A Evangelização dos Grupos Desafiadores

Os homossexuais também estão entre os grupos desafiadores que precisam ser evangelizados. Algumas pessoas até mesmo evitam evangelizá-los, às vezes por falta de preparo, às vezes por pouco caso, e às vezes até por preconceito.

Na cidade de Corinto, o Apóstolo Paulo pregou o Evangelho a pessoas que viviam em práticas sexuais e sociais reprovavéis. Considerando o perfil da cidade de Corinto, muito provavelmente algumas dessas pessoas mantinham relações homossexuais quando Paulo chegou ali. Sabe-se que no século 1 d.C., a prática homossexual era algo muito prevalecente entre os homens, algo refletido em muitas obras literárias e artísticas dos gregos e romanos da época. Em 1 Coríntios (6:9,10), Paulo faz uma lista de pecados relacionados à imoralidade sexual. Ele cita os imorais, idólatras, adúlteros, efeminados e sodomitas.

Os imorais eram aqueles que mantinham relações sexuais ilícitas, podendo ser entre pessoas casadas com não casadas, ou apenas entre pessoas não casadas. Depois ele cita os idólatras, que apesar de parecer fora de contexto, está completamente dentro do assunto, já que a idolatria na época era uma das maiores motivações para a imoralidade sexual, devido aos costumes e rituais pagãos que envolviam tais práticas.

Paulo também cita os adúlteros (gr. moichoi), que representavam, principalmente, a prática sexual ilícita entre pessoas casadas que quebravam o vínculo do casamento. Logo depois, Paulo cita os efeminados (gr. malakoi) e os sodomitas (gr. arsenokoitai). O primeiro grupo representava os homens que permitiam serem usados homossexualmente, de maneira submissa e ativa. Já o segundo grupo representava os homens que iniciavam as práticas homossexuais, ou seja, são os parceiros ativos dessas práticas.

Com base no versículo 11 do mesmo capítulo 6 de 1 Coríntios, existe a grande possibilidade de que alguns membros da igreja de Corinto, anteriormente haviam pertencidos a tais grupos apresentados, pois Paulo claramente diz: “É isso que alguns de vocês foram”. Porém, no próprio versículo 11, Paulo mostra que, agora, eles haviam sido lavados, santificados e justificados no nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus.

Com isso, devemos aprender que nenhum pecado é forte o bastante que não possa ser limpo pelo sangue de Jesus. Devemos evangelizar os homossexuais, tanto mulheres como homens, principalmente de forma respeitosa, mansa e amorosa, sem querer impor nossas próprias ideologias, mas apenas mostrando a realidade do pecado em que se encontram, a necessidade do arrependimento, e a justificação pela fé no Cristo ressurreto, sabendo que, aqueles a quem Deus chama em Sua maravilhosa graça, nunca mais serão os mesmos.

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O Evangelho aos Criminosos – Lição 6: A Evangelização dos Grupos Desafiadores

Na Bíblia temos muitos exemplos de criminosos que foram alcançados pelo amor de Deus. Quem não se lembra do ladrão crucificado ao lado de Cristo? Também no ministério do próprio Apóstolo Paulo, vemos como ele não perdia a oportunidade de levar o Evangelho aos presos e carcereiros (At 16:19-34; 27; 28).

Sabemos que em nosso país, a população carcerária é muito grande, e a Igreja precisa estar atenta a esse grupo que também carece do anúncio do Evangelho. São muitos os testemunhos de pessoas que foram alcançadas pela graça de Deus estando entre grades.

O Evangelho aos Viciados – Lição 6: A Evangelização dos Grupos Desafiadores

Os viciados também constituem um grupo que precisa ser alvo das ações de evangelização da Igreja de Cristo. Todos os dias, vemos notícias de que o número de dependentes químicos aumenta cada vez mais, tanto no nosso país como no mundo. Seja qual for o vício que alguém esteja afundado, o chamado de Cristo certamente poderá libertá-lo.

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Conclusão – Lição 6: A Evangelização dos Grupos Desafiadores

A evangelização dos grupos desafiadores também é um dever da Igreja. O próprio Jesus nos ensinou que Ele veio chamar não os justos, mas sim os pecadores ao arrependimento (Mc 2:17; Lc 5:32; 1Tm 1:15). Frequentemente Jesus estava cercado das pessoas mais desprezadas de Sua época, como os cobradores de impostos e as prostitutas. Diante destes, Jesus anuncia o reino de Deus, chamava-os ao arrependimento e depois confraternizava com eles em suas casas (Mt 11:19).

Escola Dominical – Lições Bíblicas 3º Trimestre 2016: O Desafio da Evangelização – Obedecendo ao Ide do Senhor Jesus de Levar as Boas-Novas a Toda Criatura EBD CPAD | Lição 6: A Evangelização dos Grupos desafiadores.

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