Lição 8: A Evangelização dos Grupos Religiosos

A Evangelização dos Grupos Religiosos é o tema da lição 6 das Lições Bíblicas CPAD do 3º trimestre de 2016 para a Escola Bíblica Dominical. Nesta lição falaremos sobre a necessidade de evangelizarmos as pessoas religiosas.

Texto Áureo: João 3:5

Leitura Bíblica em Classe: João 3:1-16

Introdução – Lição 8: A Evangelização dos Grupos Religiosos

Uma boa parte das pessoas no mundo é formada apenas por religiosos não praticantes, ou seja, são aqueles que, na teoria, dizem pertencer a um determinado grupo religioso, na prática não possuem envolvimento algum com a religião confessada.

Outra posição que tem se tornado uma tendência no mundo, são pessoas que se declaram sem religião. Claro que dentro desse grupo encontramos ateus e agnósticos, mas o destaque fica por conta de pessoas que se declaram sem religião, mas que também não se definem como ateus.

Por último, temos também as pessoas que de fato são religiosos praticantes. A evangelização dos grupos religiosos é certamente uma tarefa presente na missão evangelística da Igreja. A questão é que, quando o assunto é a evangelização de pessoas religiosas, muitos cristãos não sabem como agir, e, muitas vezes, acabam tomando atitudes completamente equivocadas.

Os Mitos da Religião – Lição 8: A Evangelização dos Grupos Religiosos

A palavra “religião” chegou ao português através do latim, onde o termo latino religio traduz o grego threskeia. Originalmente, tal termo era aplicado apenas para se referir a uma expressão externada da crença. Com o passar do tempo, religião passou a ser um termo amplamente usado para designar o conteúdo da crença. Então, de forma bem resumida, podemos dizer que religião passou a ser definida como sendo um tipo de sistema de fé e adoração a alguma divindade. Com base nesse conceito, hoje existe a classificação de diversos segmentos, o que é popularmente conhecido como grupos religiosos.

Diante de tantas “opções” religiosas, criaram-se alguns mitos no entendimento popular. Tais mitos geralmente são utilizados para compor argumentos ecumênicos.

Um dos principais mitos é a crença de que todas as religiões são essencialmente boas. Creio que já esteja mais do que provado que isso não é verdade. Na própria Bíblia, temos vários exemplos de grupos religiosos que praticavam todo tipo de perversidade, como por exemplo, sacrifícios humanos envolvendo crianças (Lv 18:21; Jr 32:35). Na atualidade temos várias notícias que provam que tal conceito de bondade religiosa generalizada não é verdadeiro.

Com base nas muitas ações de grupos religiosos, também surgiu o mito de que nenhuma religião é verdadeira. Quem defende essa ideia geralmente argumenta que Deus não instituiu religião, que Jesus odeia religião, e outras coisas mais. Bem, também sabemos que tais afirmações não são verdadeiras. No ministério de Jesus fica claro que Ele foi contrário a religião falsa, hipócrita e distorcida presente no judaísmo legalista defendido pelos fariseus, mas também fica claro que Ele cumpriu a verdadeira religião que Deus havia revelado a Israel (Mt 5:17).

Por último, podemos citar o que talvez seja o mito mais defendido popularmente: o de que todos os caminhos levam a Deus. Penso que o problema não esteja na frase, mas sim na sua percepção, entendimento e aplicação. De certa forma, a frase está correta ao dizer que todos os caminhos levam a Deus, já que um dia todos terão de comparecer diante da presença dEle, independente da religião (Rm 14:11; Fp 2:10,11). Porém, essa frase induz ao entendimento do universalismo, omitindo a verdade de que ninguém poderá escapar da justiça de Deus, exceto aqueles que foram justificados pelos méritos de Cristo. Só existem dois grupos de pessoas: os que recebem a graça de Deus, e os que recebem Seu juízo. Qualquer “caminho” poderá levar o homem ao juízo de Deus, mas apenas em Jesus o homem poderá ser conduzido a graça dEle.

Como Evangelizar os Religiosos – Lição 8: A Evangelização dos Grupos Religiosos

Não existe exatamente um plano especial desenvolvido para evangelizar exclusivamente grupos religiosos. Na verdade, a evangelização é essencialmente a mesma, independente do grupo que será evangelizado. A única ressalva, é que existem algumas particularidades que devem ser consideradas.

A primeira coisa a fazer é entender o que é um evangelista e qual deve ser o seu perfil. Depois, é preciso aprender como evangelizar corretamente, e isso inclui saber como devemos nos preparar para essa tarefa, qual é a mensagem que deve ser utilizada, como comunicar essa mensagem etc. Para esses dois princípios, indicamos a leitura dos textos: “O que é um Evangelista?” e “Como evangelizar?“.

Aprendendo sobre a base da evangelização, o que precisa ser considerado agora são as particularidades presentes na evangelização dos grupos religiosos. De forma bem direta, duas lições fundamentais precisam ser aplicadas:

  1. Mostre apenas Cristo: independe da religião da pessoa que está sendo evangelizada, seu objetivo é apenas pregar o Evangelho de forma clara e objetiva. Um exemplo de evangelização nesses moldes foi o episódio em que o Apóstolo Paulo pregou em Atenas no meio do paganismo (At 17). Ele não se atentou a debater as mitologias e deidades pagãs, pois ele tinha algo muito mais importante para falar. Ele apenas se concentrou em pregar sobre o Deus criador dos céus e da terra.
  2. Não discuta religião: evangelizar definitivamente não é discutir religião. Quando anunciamos o Evangelho de Cristo automaticamente os erros das falsas religiões ficam expostos, sem que caiamos em discussões loucas e improdutivas. Devemos nos lembrar do exemplo de Jesus ao evangelizar Nicodemos (Jo 3). Ele não perdeu tempo falando dos erros do hipócrita farisaísmo, mas concentrou sua mensagem na necessidade do novo nascimento. Ora, se uma pessoa que está sendo evangelizada escuta que precisa nascer de novo e ser nova criatura, evidentemente fica claro que tudo precisa ser mudado em sua vida, inclusive sua religiosidade.

Os Religiosos Que Representam Desafios – Lição 8: A Evangelização dos Grupos Religiosos

Na evangelização dos grupos religiosos, nos deparamos com pessoas pertencentes a várias religiões. Para todas elas, nosso objetivo deve ser explicar a realidade sobre o pecado e a obra completa de Cristo na cruz. Entre os mais diversos grupos, podemos citar:

  • Evangélicos: sim, evangélicos. Coloquei esse como sendo o primeiro grupo, pois é esquecido por muita gente. O que ocorre é que a maioria das pessoas que se denominam evangélicos no Brasil, na verdade seguem a um falso evangelho, e são enganados por falsos profetas. Grande parte dos evangélicos no Brasil está mergulhada em misticismos, pragmatismos, sincretismos. Eles precisam ser evangelizados. A Igreja Evangélica brasileira precisa voltar ao Evangelho.
  • Católicos: a situação dos católicos é muito semelhante a dos evangélicos citados acima. Outro grupo intitulado cristão e que historicamente está naufragado em heresias, longe da verdade da Palavra de Deus.
  • Judeus: estes também precisam ser evangelizados. Embora tenham sido o povo que teve o privilégio de receber a revelação especial de Deus na antiga dispensação, é preciso mostrar-lhes que Jesus é o cumprimento das promessas do Antigo Testamento. Essa é uma verdade amplamente ensinada em toda a Escritura, mas uma leitura atenta da Epístola aos Romanos e da Epístola aos Hebreus ajudará muito na compreensão dessa verdade.
  • Mulçumanos, espíritas e religiões afros: são grupos que também necessitam da evangelização. Infelizmente por falta de sabedoria, muitos cristãos ignoram tais grupos, ou pior, ao invés de pregar-lhes sobre Cristo, concentram suas ações sob as bases da ofensa e preconceito.
  • Ateus e agnósticos: toda pessoa é crente em alguma coisa, e apesar de se declararem não religiosos, ateus e agnósticos são tão religiosos quanto às demais pessoas. Apesar de ateus e agnósticos frequentemente serem confundidos pelas pessoas, tais grupos possuem algumas diferenças. A principal dela é que o ateu defende terminantemente que Deus não existe, enquanto o agnóstico defende que a existência de Deus é impossível de ser provada, ou seja, é uma posição “em cima do muro”, onde nem afirmam que Ele existe e nem que Ele não existe. Ambos os grupos precisam ser evangelizados. Não se concentre em discussões sobre a existência de Deus, mas apenas anuncie o Evangelho com a certeza de que quando Deus chama o pecador, Sua graça é irresistível até mesmo para o mais incrédulo dos homens.
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Conclusão – Lição 8: A Evangelização dos Grupos Religiosos

Repetindo, a evangelização dos grupos religiosos é uma tarefa integrante das ações evangelísticas da Igreja. Precisamos evangelizar os religiosos da forma correta e, sobretudo, com sabedoria e discernimento.

Escola Dominical – Lições Bíblicas 3º Trimestre 2016: O Desafio da Evangelização – Obedecendo ao Ide do Senhor Jesus de Levar as Boas-Novas a Toda Criatura EBD CPAD | Lição 8: A Evangelização dos Grupos Religiosos.

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