O Que Significa Pagão na Bíblia?

Pagão na Bíblia significa todo aquele que não adora ao verdadeiro Deus. Quando os textos bíblicos do Antigo Testamento falam dos pagãos, isso não indica apenas que essas pessoas não pertenciam à nação de Israel, mas que também estavam associadas às práticas completamente contrárias à Lei de Deus.

A palavra “pagão” geralmente é uma tradução menos usual para o termo hebraico goy ou para o termo grego ethnos, que na maioria das vezes são traduzidos como “nações” ou “gentios”. Então algumas traduções preferem a designação “pagãos” ao invés de “gentios” ou “nações” em certos textos bíblicos com o objetivo de enfatizar o sentido de antipatia e reprovação das práticas dessas pessoas. Em outras palavras, na linguagem bíblica os pagãos são pessoas mundanas que estão em oposição a Deus e são adeptas de alguma forma de paganismo. Saiba também quem eram os gentios.

Já no aspecto cristão, esse mesmo sentido é preservado. Um pagão é aquele que não se enquadra nos distintivos da Fé Cristã, ou seja, é um seguidor de uma falsa religião e devoto de um falso deus. O Novo Testamento ainda informa que apesar dos falsos deuses dos pagãos não serem nada, por trás deles está a influência de demônios (1 Coríntios 10:19,20). Popularmente também é comum chamar de pagão qualquer pessoa sem religião que diz não crer em Deus.

A origem dos pagãos

Todo o testemunho das Escrituras deixa claro que a origem do paganismo está nos pecado da humanidade. Quando houve a Queda do Homem, o pecado separou a humanidade de Deus, e os homens procuraram constituir para si mesmos falsos deuses.

Paulo fala sobre isso em sua Carta dos Romanos. Ele diz que desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua divindade, têm sido vistos muito claramente e compreendidos por meio das coisas criadas (Romanos 1:20). É como o salmista escreve: “Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos” (Salmo 19:1).

Mas o apóstolo Paulo diz que tendo os homens conhecido a Deus, eles não o glorificaram como Deus, nem lhe renderam graças. Por outro lado, os pensamentos dos homens tornaram-se fúteis, e seus corações insensatos ficaram obscuros. Como resultado, apesar de eles se dizerem sábios, tornaram-se loucos. Então eles “trocaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis” (Romanos 1:21-23).

Mas essas pessoas são indesculpáveis (Romanos 1:20). Elas “mudaram a verdade de Deus em mentira; e honraram e serviram maia a criatura do que o Criador” (Romanos 1:25). Na verdade o apóstolo diz que Deus entregou essas pessoas às concupiscências de seus corações, à impureza sexual, para a degradação de seus corpos entre si (Romanos 1:24). Porém, a Bíblia não deixa dúvida de que “os ímpios serão lançados no inferno; e todas as nações que se esquecem de Deus” (Salmos 9:17).

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O que os pagãos faziam?

As práticas dos pagãos na Bíblia são muito variadas. Aqui devemos lembrar que nos tempos do Antigo Testamento a revelação especial de Deus estava praticamente restrita ao povo de Israel. Então nesse aspecto, todas as outras nações eram pagãs. Normalmente cada uma dessas nações tinha seu próprio panteão e seu sistema de culto aos seus ídolos. Naquela época o politeísmo dominava a ideia religiosa das pessoas.

Mas a Bíblia destaca algumas das práticas abomináveis dos pagãos. O costume mais comum, claro, era a idolatria. A Bíblia diz que qualquer adoração que não seja direcionada ao verdadeiro Deus é idolatria. Como os pagãos adoravam seus próprios deuses, eles eram pessoas essencialmente idólatras.

Os pagãos frequentemente estavam envolvidos em imoralidades sexuais. Na verdade grande parte dos rituais religiosos dos pagãos envolvia algum tipo de orgia. À luz do texto de Levítico 18, entendemos que algumas das práticas dos pagãos de Canaã incluíam: 1) relacionamentos incestuosos; 2) relacionamentos homossexuais; 3) relacionamentos sexuais com animais; 4) prostituição e adultério; e 5) sacrifícios humanos. A Bíblia diz que pais entregavam os próprios filhos para serem sacrificados a falsos deuses, como Moloque (Levítico 18:6-28).

A perigo do paganismo

Quando o povo de Israel entrou em Canaã, aquela terra era habitada por nações pagãs. Então a nação de Israel foi fortemente advertida pelo Senhor a nunca se misturar com os pagãos e jamais adotar suas práticas. Inclusive, Israel deveria ser uma nação distintiva entre as demais.

Mas os israelitas falharam em obedecer ao Senhor. Por isso por todo o Antigo Testamento a Bíblia registra episódios em que os hebreus se misturaram aos pagãos e receberam o castigo divino. A influência do paganismo em alguns momentos foi tão forte, que altares a falsos deuses foram construídos.

No tempo de Jezabel, por exemplo, grande parte do povo estava conformada em adorar a Baal e Aserá. Houve até rei em Israel que ofereceu o próprio filho em holocausto, imitando os costumes detestáveis dos pagãos (2 Reis 3:16). Por causa da mistura com o paganismo, os hebreus acabaram sendo levados cativos por nações estrangeiras. Os crentes do Novo Testamento também são alertados a não andarem segundo os costumes dos pagãos (cf. 1 Pedro 4:3-5).

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