O Que é Pão Asmo na Bíblia?

O pão asmo ou pão ázimo é um tipo de pão feito de massa de farinha não levedada. Isso significa que os pães asmos basicamente são pães sem fermento. O pão asmo dos templos bíblicos era parecido com um biscoito de massa fina grande e redondo.

O pão asmo é amplamente mencionado na Bíblia, principalmente em conexão com a celebração da Páscoa. O fato de o pão asmo não possuir fermento também é explorado como um significado simbólico nas Escrituras.

Os pães asmos na Bíblia

Em Gênesis 19 encontramos pela primeira vez os pães asmos sendo citados na Bíblia. Eles aparecem na ocasião em que Ló, sobrinho de Abraão, recebeu a visita em sua casa de dois anjos do Senhor em forma humana. Na época Ló morava em Sodoma e os anjos foram até a cidade para livrar a família de Ló da destruição que haveria de vir sobre a cidade pelo juízo de Deus.

Então, quando Ló hospedou os anjos, ele lhes ofereceu um banquete. Nesse banquete havia uns pães asmos que tinham sido assados (Gênesis 19:3). Essa passagem é interessante, pois mostra que os pães asmos já eram conhecidos dos povos antigos antes mesmo da instituição da Páscoa judaica. Mas sem dúvida a grande importância do pão asmo na narrativa bíblica diz respeito justamente à celebração da Páscoa.]

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O significado do pão asmo

Foi na época do êxodo dos israelitas do Egito que o pão asmo passou a ter um significado especial. O próprio Deus ordenou a Moisés que o pão asmo fosse um dos elementos da refeição pascal, junto do cordeiro assado e das ervas amargas (Êxodo 12:8).

Assim, o pão asmo se tornou um símbolo que recordava a pressa dos hebreus em partir das terras egípcias. Por isso no livro de Deuteronômio o pão asmo é chamado de “pão de aflição” (Deuteronômio 16:3). Os estudiosos também indicam que o símbolo do pão asmo também estava relacionado à separação do povo de Deus de toda prática pecaminosa do Egito.

Seja como for, de fato o próprio fermento passou a ser usado como um símbolo representativo da corrupção na maioria das passagens bíblicas em que ele é mencionado. A ideia de decomposição presente no processo de levedura, naquele contexto, era vista como algo imundo na lei mosaica.

Os pães asmos não deveriam ser comidos apenas numa refeição pascal, mas também deveriam ser consumidos durante sete dias seguidos na chamada Festa dos Pães Asmos (Êxodo 23:15). Durante os sete dias que seguiam a Páscoa ninguém poderia comer qualquer coisa levedada (Êxodo 12:15).

Ainda de acordo com o conceito da representatividade do pão asmo como símbolo da pureza sem a mistura do fermento do pecado, os pães e bolos asmos eram usados em certas ofertas oferecidas ao Senhor. Jamais uma oferta queimada poderia conter levedura (Levítico 2:4-11; 6:16; 7:12); mas nas ofertas pacíficas, por exemplo, poderia haver pão levedado (Levítico 7:13).

Os pães asmos no Novo Testamento

O Novo Testamento traz referências aos pães asmo sempre em conexão com a Páscoa e os sete dias de celebração onde somente esse tipo de pão poderia ser consumido pelos israelitas. A Santa Ceia do Senhor foi instituída por Jesus durante a celebração da Páscoa. Então naquela ocasião, obviamente foi usado por Ele o pão asmo. Isso tem feito com que muitas comunidades cristãs prefiram usar apenas pães asmos na Ceia.

Por fim, o apóstolo Paulo lança mão do simbolismo dos pães asmos para traçar um paralelo com a pureza da vida cristã. Os crentes não devem ter uma vida caracterizada pelo fermento da maldade e da malícia; mas pelos “asmos da sinceridade e da verdade” (1 Coríntios 5:8).

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