Como a Páscoa Judaica Aponta Para a Salvação em Cristo?

A Páscoa judaica aponta para Cristo na forma como seus elementos e propósitos tipificavam a obra redentora de salvação realizada por nosso Senhor Jesus. A Páscoa é uma festividade judaica, e não uma festa cristã. Na verdade ela é a festa mais antiga e mais importante entre os hebreus. Mas para os cristãos, a data da Páscoa judaica é uma ótima oportunidade para proclamar seu verdadeiro sentido que simbolizava o sacrifício de Cristo.

A palavra “Páscoa” vem do hebraico pessach e significa “passar por cima”, fazendo referência ao fato de que o anjo da morte passou por cima das casas dos hebreus na ocasião da décima praga que atingiu os egípcios e matou todos os seus primogênitos. Entenda o verdadeiro significado da Páscoa.

A instituição da Páscoa judaica

A Páscoa foi a primeira festa sagrada instituída entre os judeus, sendo celebrada pela primeira vez na véspera da libertação do povo de Israel da escravidão no Egito. Os detalhes sobre a instituição da Páscoa judaica estão registrados no livro de Êxodo (Êxodo 12:1-3,7-14,29,30).

Quando a Páscoa judaica foi instituída, o povo de Israel já estava vivendo há aproximadamente quatro séculos no Egito. Mas especialmente após a morte de José, os israelitas passaram a viver sob grande opressão. Saiba mais sobre a história de José, governador do Egito.

Então, no tempo oportuno, Deus levantou Moisés para liderar o povo de Israel em sua libertação da escravidão e conduzi-lo rumo a uma terra prometida. Para tanto, Deus enviou dez pragas contra o Egito. Saiba também quais foram as dez pragas contra o Egito.

A décima e última praga constituiu na morte de todos primogênitos do Egito. Mas antes que ela ocorresse, Deus deu instruções a Moisés para que houvesse a celebração da Páscoa. Após a libertação do Egito, a Páscoa judaica continuou a ser uma das grandes festividades religiosas de Israel, fazendo parte da Lei Cerimonial do Antigo Testamento.

Os elementos da Páscoa judaica

Foram instituídos três elementos simbólicos a serem utilizados na celebração da Páscoa judaica com o intuito de lembrar os hebreus sobre a libertação de seu povo da opressão egípcia. O primeiro, e também o principal, era o cordeiro imolado.

As famílias de Israel deveriam separar do restante do rebanho um cordeiro sem defeito para ser sacrificado. Depois, sem que nenhum osso fosse quebrado, o animal deveria ser assado para ser comido na refeição pascal acompanhado de ervas amargas e pães asmos. As ervas amargas simbolizavam a amargura da escravidão no Egito, e os pães asmos lembravam a forma com que os hebreus saíram com pressa do Egito.

Acredita-se que nos dias do Novo Testamento cerca de 250 mil cordeiros eram sacrificados por ocasião da celebração da Páscoa judaica. Obviamente tal tarefa exigia a participação de centenas de sacerdotes, visto que todos os cordeiros deveriam ser mortos antes do crepúsculo do dia 14 de Nisã (Êxodo 12:6).

A quantidade de sangue que resultava de todos esses milhares de sacrifícios era enorme. O sangue acabava tingindo de vermelho as águas do riacho próximo ao Templo de Jerusalém durante alguns dias. Isso claramente servia como lembrança com relação ao preço do pecado.

O cordeiro da Páscoa judaica apontava para Jesus

Todo aquele sangue derramado dos cordeiros sacrificados na Páscoa judaica apontava para o único sangue capaz de realmente prover expiação do pecado: o sangue de Jesus Cristo (Hebreus 10:1-9). Os cordeiros imolados na Páscoa judaica serviam simplesmente para simbolizar o sacrifício perfeito que Deus providenciaria para expiar o pecado de seu povo.

As Escrituras não deixam dúvida de que esse sacrifício perfeito é o próprio Filho de Deus. Ele foi entregue como resgate em favor dos redimidos para apaziguar a santa ira de Deus que exige o castigo pelo pecado. O profeta Isaías profetizou sobre como o Messias seria levado ao matadouro como um cordeiro (Isaías 53:7). O profeta João Batista, ao olhar para Jesus, não teve dúvida ao declarar: “Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (João 1:29).

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A Páscoa Judaica e a salvação em Cristo

Jesus foi traído, preso e morto durante a celebração da Páscoa judaica em Jerusalém. Assim como o cordeiro pascal sem defeito, no sacrifício de Cristo nenhum de seus ossos foram quebrados. Isso cumpriu o que fora profetizado pelo salmista (Salmos 34:20).

No entanto, antes de ser crucificado, Cristo celebrou a última Páscoa com seus discípulos e instituiu a Ceia do Senhor. Com isso ele indicou que aquela seria a última vez que tal festa judaica deveria ser celebrada. Então a partir dali, seus seguidores deveriam comer o pão e tomar o vinho em memória dele. Isso deveria se repetir até o dia de seu retorno. Entenda o significado da Ceia do Senhor.

Portanto, antiga Páscoa Judaica apenas apontava para a obra da redenção. A salvação na Páscoa Judaica era apenas um símbolo temporário daquilo que é perfeito e permanente. É por isso que Cristo, o Cordeiro de Deus, é a nossa Páscoa. Nós celebramos seu sacrifício todas as vezes que comemos do pão e tomamos do cálice em sua memória.

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