O Espírito Santo é Uma Pessoa? A Pessoa do Espírito Santo

Sim, o Espírito Santo é uma pessoa. A Bíblia sempre fala do Espírito Santo como uma pessoa e atribuiu a Ele qualidades e comportamentos que somente uma pessoa de verdade pode ter. A Bíblia diz que o Espírito Santo tem inteligência, vontade, afeições, emoções, etc.

Mas muita gente nega a personalidade do Espírito Santo. Quem pensa assim geralmente afirma que o Espírito Santo é uma força impessoal ou simplesmente uma metáfora bíblica para falar do poder ativo de Deus. Obviamente isso é um erro, pois a Escritura não apenas mostra que o Espírito Santo é uma pessoa como também indica que Ele é membro da Trindade divina (Mateus 28:19; 2 Coríntios 13:14; 1 Pedro 1:2).

A Bíblia revela que o Espírito Santo é uma pessoa

O grego pneuma é o termo frequentemente aplicado no Novo Testamento para se referir ao Espírito Santo. É verdade que essa palavra é neutra e seu significado mais básico transmite a ideia de respiração, sopro ou movimento do ar. Mas quando aplicada ao Espírito Santo, essa palavra jamais indica uma força despersonalizada.

A prova disso é que embora pneuma seja uma palavra neutra, jamais ela é acompanhada do pronome neutro quando se refere ao Espírito Santo. Na verdade, a Bíblia sempre emprega o pronome masculino ao Espírito Santo. Em outras palavras, a Bíblia se refere ao Espírito Santo como “ele”.

Uma passagem interessante nesse sentido está no Evangelho de João. Ao falar do ministério do Espírito Santo, Jesus afirmou: “Mas, quando vier aquele Espírito da verdade, ele vos guiará em toda a verdade, porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir. Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar” (João 16:13-14). Nessa passagem fica muito claro que Jesus está falando de uma pessoa, e não de uma coisa, de uma força ou de um poder abstrato.

Ainda no mesmo capítulo do Evangelho de João há outra informação que confirma ainda mais que o Espírito Santo é uma pessoa: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós” (João 16:16,17).

Note nesse versículo Jesus fala que o Espírito Santo é o “outro Consolador”. Mas por que o Espírito Santo é chamado de o “outro Consolador”? Porque Jesus também é o Consolador. Então ao falar que o Espírito Santo é o “outro Consolador”, Jesus afirma que o Espírito Santo é alguém igual a Ele, ou seja, é outro da mesma espécie d’Ele. Logo, se Jesus é uma pessoa, inegavelmente o Espírito Santo também o é, caso contrário não poderia ser seu substituto.

O Espírito Santo faz coisas que somente uma pessoa pode fazer

Uma força impessoal não pode exercer atividades que são comuns apenas a agentes pessoais. Na passagem que analisamos acima, o Espírito Santo é apresentado como o Consolador — ou melhor, o outro Consolador. A palavra “consolador” nessa passagem traduz o grego parakletos, que significa “advogado, conselheiro, defensor”. É claro que um poder abstrato não pode ser o conselheiro de alguém; não pode defender a causa de alguém. Somente uma pessoa pode fazer esse tipo de coisa.

Continuando no texto do Evangelho de João, Jesus diz o seguinte sobre a atuação do Espírito Santo na vida de seus discípulos: “Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito” (João 14:26). Isso indica que o Espírito Santo possui inteligência e transmite conhecimento. Uma força impessoal não pode ensinar ou fazer alguém se lembrar de algo. Em outra parte, Jesus ainda diz que o Espírito Santo é aquele que convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo (João 16:8).

O apóstolo Paulo é outro que afirma muito claramente que o Espírito Santo é uma pessoa. Ele escreve que “o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis (Romanos 8:26). Um poder abstrato não pode servir como intercessor de alguém.

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O Espírito Santo é uma pessoa e possui emoções

A personalidade do Espírito Santo também é demonstrada na forma como Ele pode ser afetado com determinados comportamentos dos homens e até demonstrar emoções em resposta a esses comportamentos. Por exemplo: a Bíblia exorta os crentes sobre a possibilidade de entristecer o Espírito Santo: “E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o Dia da redenção” (Efésios 4:30). Uma força impessoal não pode ser entristecida.

O livro de Atos dos Apóstolos registra um triste episódio em que Ananias e Safira mentiram ao Espírito Santo (Atos 5:3,4). Não é possível mentir para um mero poder abstrato. Jesus também adverte que o pior pecado de todos é a blasfêmia contra o Espírito Santo (Mateus 12:31; Marcos 3:29). Obviamente isso indica que o Espírito Santo não é algo impessoal, pois então não haveria motivo para esse pecado ser tão grave assim.

A Bíblia ainda mostra que o Espírito Santo possui vontade. Paulo escreve que o Espírito Santo distribui os dons espirituais aos crentes “como lhe apraz” (1 Coríntios 12:11).

Portanto, à luz de todo o ensino bíblico fica mais do que claro que o Espírito Santo é uma pessoa que faz coisas que uma pessoa faz, e possui qualidades que somente uma pessoa pode possuir. Ele tem emoções, inteligência e interage com outras pessoas. Ele ensina, testifica, orienta, dirige, ilumina, revela, fala, intercede, aconselha, defende, examina, regenera, etc. Negar que o Espírito Santo é uma pessoa significa negar a própria verdade da Escritura, já que ela é obra d’Ele (cf. 2 Pedro 1:21).

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