Quem Eram Bila e Zilpa?

Bila e Zilpa eram servas de Raquel e Lia, as esposas do patriarca Jacó. A história de Bila e Zilpa está registrada na Bíblia no livro de Gênesis. Bila foi a mãe biológica de dois filhos de Jacó, Dã e Naftali. Igualmente, Zilpa foi a mãe de outros dois filhos do patriarca: Gade e Aser (Gênesis 25:26).

O nome Bila vem de um cognato árabe que significa “despreocupado”. Zilpa provavelmente também vem de um cognato árabe que significa “nariz pequeno”.

Bila e Zilpa, servas de Lia e Raquel

A Bíblia diz que Labão, pai de Lia e Raquel, deu duas de suas servas como presentes as suas filhas. Na ocasião do casamento de Lia, Labão lhe deu Zilpa como serva. Depois, na ocasião do casamento de Raquel, Labão lhe deu Bila para servir-lhe (Gênesis 29:24-29). Várias fontes do Antigo Oriente Próximo confirmam que era um costume comum um pai presentear sua filha com uma serva em seu casamento.

Nada acerca do caráter e da vida pessoa de Zilpa ou de Bila é desenvolvido na narrativa bíblica. Zilpa e Bila simplesmente aparecem como servas comuns da Mesopotâmia que passavam suas vidas a serviço de sua senhora.

No capítulo 31 de Gênesis, Zilpa e Bila são mencionadas em meio a uma disputa familiar. As duas esposas de Jacó, Lia e Raquel, disputavam o amor e a atenção de seu marido. Raquel era a esposa amada e a Lia a esposa desprezada. Mas por outra lado Lia era a esposa fértil que dava filhos ao marido, enquanto Raquel era a esposa que amargava a frustração da esterilidade.

Num contexto envolvendo muito ciúme e rivalidade entre as duas irmãs, Zilpa e Bila são designadas a cumprir um papel muito significativo. Lia e Raquel estenderam sua disputa conjugal através de suas servas Zilpa e Bila (Gênesis 30:1-13).

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Os filhos de Bila e Zilpa

A Bíblia diz que num certo tempo Lia cessou de dar à luz. Mas nessa época Lia já era mãe de quatro filhos: Rúben, Simeão, Levi e Judá (Gênesis 29:35). Como Raquel ainda permanecia incapacitada de gerar filhos, ela recorreu a um costume da época e ofereceu sua serva, Bila, como mulher a Jacó.

Então Bila gerou Dã e Naftali, que foram considerados legalmente filhos de Raquel (Gênesis 30:3). Lia percebeu que havia parado de gerar filhos, ainda que temporariamente, e também deu a Jacó sua serva Zilpa como mulher. Zilpa gerou Gade e Aser (Gênesis 30:9-13). Do mesmo modo, os filhos de Zilpa foram considerados filhos legais de Lia.

Nesse contexto, tanto Bila quanto Zilpa ocuparam a posição social de serva pessoal de Lia e Raquel respectivamente, servindo como concubinas, isto é, esposas auxiliares de Jacó. Portanto, Bila e Zilpa não eram escravas comuns, mas servas subordinadas diretamente a cada uma das esposas que era sua senhora.

Esse também era um costume comum na Mesopotâmia, inclusive atestado no Código de Hamurábi. Nenhuma outra informação relevante é fornecida sobre Bila e Zilpa na Bíblia. O escritor de Gênesis posiciona as duas servas como agentes que servem a trama das duas personagens principais, Lia e Raquel.

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Um Comentário

  1. É bom encontrar estas pesquisas sobre as matriarcas aqui, grata por promoverem este material.