Erros Nos Livros Apócrifos

Muitas pessoas ficam em dúvida se realmente existem erros nos Livros Apócrifos. Na verdade, antes é preciso saber que os Livros Apócrifos não são apenas aqueles que resultam da diferença entre a Bíblia Protestante e a Bíblia Católica.

Os Livros Apócrifos da Bíblia Católica são os chamados “Deuterocanônicos”. Estes são livros que foram incluídos no Cânon em um segundo momento. Esses livros aparecem na Septuaginta, a tradução do Antigo Testamento em grego, e na Vulgata, versão latina da Bíblia. Porém, eles não aparecem no Tanakh, a Bíblia Hebraica.

Além desses livros que diferenciam as Bíblias Católica e Protestante, existem vários outros livros que foram escritos desde a época do Antigo Testamento até os primeiros séculos d.C. Esses livros também são chamados de Apócrifos.

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Quais são os erros nos Livros Apócrifos?

Existem vários erros que podem ser encontrados nos Livros Apócrifos e que contradizem as Escrituras. Considerando apenas os livros adicionais que estão na Vulgata, podemos citar alguns exemplos entre os erros mais comuns encontrados.

Nos Livros Apócrifos o dinheiro pode resolver o pecado dos mortos:

“Em seguida, fez uma coleta, enviando a Jerusalém cerca de dez mil dracmas, para que se oferecesse um sacrifício pelos pecados: belo e santo modo de agir, decorrente de sua crença na ressurreição, porque, se ele não julgasse que os mortos ressuscitariam, teria sido vão e supérfluo rezar por eles.” (2 Macabeus 12:43-44)

Os Livros Apócrifos mostram um suposto anjo de Deus mentindo:

“E o anjo disse-lhe: Eu o conduzirei e to reconduzirei. Tobias respondeu: Peço-te que me digas de que família e de tribo és tu? O anjo Rafael disse-lhe: Procuras saber a família do mercenário, ou o mesmo mercenário que vá com teu filho? Mas para que te não ponhas em cuidados, eu sou Azarias, filho do grande Ananias. E Tobias respondeu-lhe: Tu és de uma ilustre família. Mas peço-te que te não ofendas por eu desejar conhecer a tua geração.” (Tobias 5:15-19)

Os Livros Apócrifos apoiam o uso de magia:

“Entretanto, Tobias interrogou o anjo: Azarias, meu irmão, peço-te que me digas qual é a virtude curativa dessas partes do peixe que me mandaste guardar. O anjo respondeu-lhe: Se puseres um pedaço do coração sobre brasas, a sua fumaça expulsará toda espécie de mau espírito, tanto do homem como da mulher, e impedirá que ele volte de novo a eles.” (Tobias 6:7-8)

Os Livros Apócrifos apresentam datas e fatos históricos que contradizem outros registros bíblicos:

“Quando chegardes a Babilônia, será para ficardes lá por muito tempo, durante longos anos, até sete gerações. Depois disso, porém, farei com que volteis em paz.” (Baruc 6:2)

O versículo acima mostra uma contradição em relação ao período em que o povo judeu foi cativo na Babilônia. O correto é setenta anos, conforme o profeta Jeremias anunciou (Jr 25:11), e não sete gerações.

Os Livros Apócrifos tiram do Sangue de Jesus o poder de ser a única maneira possível para o perdão dos pecados e a salvação eterna, mostrando uma salvação por obras:

“Porque a esmola livra do pecado e da morte, e preserva a alma de cair nas trevas.” (Tobias 4:11)

“Porque a esmola livra da morte: ela apaga os pecados e faz encontrar a misericórdia e a vida eterna.” (Tobias 12:9)

Os erros citados acima já nos mostram que de fato não há qualquer possibilidade de considerar tais livros como inspirados. Aqui vale uma menção ao que foi dito pelo historiador judeu Flavio Josefo que viveu no século 1 d.C., onde ele escreve: “Desde Artaxerxes até os nossos dias foi escrita uma história completa, mas não foi julgada digna de crédito igual ao dos registros mais antigos, devido à falta de sucessão exata dos profetas”.

Vale ressaltar também que Martinho Lutero, em sua tradução da Bíblia para o alemão, incluiu esses livros em apêndice para fins de consulta com algum valor histórico.

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