O Que Significa “Não Saia da Vossa Boca Nenhuma Palavra Torpe”?

A declaração: “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe” significa que o cristão não devem adotar um linguajar corrompido, sujo e pecaminoso. Deus deve ser glorificado não apenas através do que fazemos, mas também do que falamos. As palavras que saem da boca do crente devem demonstrar que ele pertence a Deus. Por isso ao invés de falar palavras torpes, o povo de Deus deve falar palavras boas que sirvam para a edificação.

A expressão “palavra torpe” aplicada na Bíblia, transmite o sentido de uma palavra suja ou apodrecida. Isso quer dizer que usar palavras torpes significa usar um linguajar indecoroso e pecaminoso. Por isso há várias recomendações bíblicas quanto ao modo de falar do povo de Deus. O apóstolo Paulo, por exemplo, foi um escritor bíblico que tratou de maneira bem direta sobre esse assunto. Inclusive, a declaração: “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe” foi feita por ele em sua Carta aos Efésios ao ensinar os crentes sobre como deve ser a vida cristã (Efésios 4:29).

Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe

Paulo explicou que os salvos não devem viver segundo o seu modo de vida antigo, mas devem viver em conformidade com a nova posição que desfrutam em Cristo. Anteriormente, os redimidos andavam segundo os seus próprios pensamentos e desejos desenfreados da carne. Eles eram ignorantes, insensíveis, dissolutos e imorais. Mas após terem sido transformados por Cristo, os crentes então devem viver em novidade de vida, despojando de sua velha natureza pecaminosa, e se vestindo de Cristo dia após dia (Efésios 4:17-24).

Tendo assim explicado esse princípio, Paulo forneceu alguns exemplos práticos de como os crentes devem rejeitar o modo de vida pecaminoso e andar à semelhança de Cristo. Uma dessas recomendações diz respeito justamente ao modo de falar dos crentes.

Paulo exorta que os crentes jamais devem adotar uma comunicação corrupta. Então ele adverte: “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem” (Efésios 4:29).

Fica claro no texto que o linguajar indecoroso, seja ele qual for, não pode estar nos lábios do cristão. Discursos obscenos, expressões degradantes, gírias imorais, nada disso é compatível com uma vida santa. O crente é chamado para mostrar ao mundo o seu testemunho cristão, e isso inclui todas as partes de sua vida — até mesmo o seu modo de falar.

Isso explica por que na sequência da mesma epístola o apóstolo mais uma vez insistiu: “Mas a impudicícia e toda sorte de impurezas ou cobiça nem sequer se nomeiem entre vós, como convém aos santos; nem conversação torpe, nem palavras vãs ou chocarrices, coisas essas inconvenientes; antes, pelo contrário, ações de graças” (Efésios 5:3,4). Também escrevendo aos Colossenses, Paulo igualmente instruiu os seus leitores a despojar-se de, entre outros vícios, das palavras torpes de suas bocas (Colossenses 3:8).

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Falem palavras que edificam e transmitem graça aos que ouvem

Após recomendar: “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe”, o apóstolo completa dizendo que os crentes devem usar unicamente aquele tipo de palavra que seja “boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem” (Efésios 4:29).

Algumas pessoas pensam que Deus não está preocupado com o que elas falam. Essas pessoas infelizmente acreditam que podem combinar em suas bocas as expressões de adoração a Deus com as palavras torpes que usam nas situações diárias. O problema é que esse tipo de entendimento é completamente equivocado.

É fácil perceber que em sua exposição sobre o assunto, o apóstolo Paulo colocou a palavra torpe como sendo diretamente oposta à palavra que é boa para a edificação. E isso é absolutamente verdadeiro, visto que enquanto a palavra torpe comunica impurezas, a palavra de edificação transmite graça aos que ouvem.

Então a verdade é que a Escritura nos convida examinar o conteúdo que sai dos nossos lábios. Será que estamos deixando sair da nossa boca palavras torpes ou palavras de edificação? Será que estamos transmitindo graça em nosso linguajar aos que nos ouvem? Ou será que estamos transmitindo impurezas através das coisas que falamos?

Não podemos nos esquecer jamais que não há como dissociar as palavras que saem da nossa boca da nossa identidade como servos do Senhor, santificados em Cristo; visto que tudo o que fazemos deve ter o propósito último de glorificar a Deus (1 Coríntios 10:31).

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