A Família Que Sobreviveu ao Dilúvio

A família que sobreviveu ao dilúvio foi a família de Noé. Eles foram os únicos representantes da raça humana que sobreviveram ao juízo de Deus sobre a terra. A família era composta por oito pessoas: Noé, sua esposa, seus três filhos e suas três noras.

Introdução sobre a família que sobreviveu ao dilúvio

A Bíblia é muito clara ao afirmar que a civilização da época pré-diluviana conseguiu alcançar um nível de perversidade nunca visto até então. O homem estava aproveitando toda sua capacidade para a prática do mal. Tudo revelava que o pecado havia corrompido de forma generalizada todos os aspectos da raça humana. A Bíblia também diz que os filhos de Deus se misturaram com as filhas dos homens.

Não sabemos ao certo qual era a população do planeta naquele momento da história. Porém, sabemos que apenas um homem achou graça perante os olhos do Senhor: Noé. Somente sua casa conseguiu sobreviver ao juízo de Deus sobre aquela geração depravada. Conheça a história de Noé.

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Deus anuncia o dilúvio

Noé não foi apenas o construtor da Arca como todos sabem. Ele também foi um dos primeiros Heróis da Fé e reconhecido no Novo Testamento como o “pregoeiro da justiça”. Foi a este homem, integro e totalmente diferente do restante das pessoas que o cercavam, que Deus anunciou que haveria de destruir a humanidade com o dilúvio.

  1. O anúncio do Dilúvio: em Gênesis 6 podemos ver a situação em que a humanidade estava. Ao escolher Noé, Deus revelou a ele o plano de destruir toda a vida que existia na terra. Como Noé era um homem justo e temente a Deus, em nenhum momento ele duvidou do juízo divino; antes, pregou a justiça mesmo sendo ignorado por todos que estavam ao seu redor.
  2. Um juízo que parecia improvável: existe uma discussão entre os estudiosos se antes do Dilúvio já existia ou não a presença da chuva de forma regular na terra. Quem defende a ideia de que não nunca havia chovido na terra antes do dilúvio, utiliza os textos de Gênesis 2:5-6; e acredita que antes do dilúvio apenas um vapor regava toda a terra. Por outro lado, os que defendem que já existia a chuva antes do dilúvio acreditam que o texto de Gênesis 2:5-6 não pode ser utilizado para provar a inexistência da chuva. Quem pensa assim diz que esse texto se refere a um momento específico dentro do processo de criação, onde nem mesmo o homem havia sido criado ainda. Mas a Bíblia parece não deixar duvidas de que as condições naturais do mundo pré-diluviano eram totalmente diferentes do que conhecemos hoje. Além disso, considerando o arco-íris como o sinal que Deus colocou em referencia a um concerto com a humanidade, é possível que nunca havia caído chuva na terra tal qual a conhecemos hoje (Gênesis 9:13). Seja como for, é certo que os habitantes da terra nunca tinham visto nada parecido com o que estava por vir. Hoje temos notícias de tsunamis, maremotos, tornados, tempestades, furacões e muitos outros desastres naturais. Mas aquele povo nunca havia testemunhado nada disso. Além de toda incredulidade natural causada pelo pecado, aquelas pessoas zombavam de Noé, pois Noé anunciava algo nunca visto, difícil até ser imaginado. Até mesmo para nós, nenhum dos desastres que já tivemos notícias pode ser comparado ao dilúvio.
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A Construção da Arca

Além de avisar Noé do que estaria por vir, Deus também o orientou a construir uma arca. Essa arca serviria para abrigar sua família e os representantes de cada espécie animal durante o dilúvio.

  1. A planta da arca: Noé não duvidou do juízo de Deus e obedeceu tudo quanto lhe fora ordenado. Deus orientou Noé em cada detalhe da construção da arca. A arca foi um projeto perfeito a fim de suportar as condições extremas que estavam por vir. Conforme as dimensões ordenadas por Deus, a Arca tinha um comprimento entre 138 m a 168 m, uma largura entre 23 m a 28 m, e uma altura entre 14 m a 17 m. As diferenças acontecem devido às divergências de interpretação das unidades de medidas descritas no relato Bíblico. O mais provável é que o côvado hebraico básico era de 48,1 cm. Sendo assim, as medidas seriam aproximadamente de 144,4 m de comprimento, 24 m de largura e 14,4 m de altura. Considerando tais medidas, os três conveses da arca tinham uma área de 10.241 m² (utilizando 44,45 cm para um côvado), com um volume 50.168 m³, e um peso bruto de aproximadamente 13.960 toneladas (considerando uma capacidade de 3,59 m³ de espaço de estocagem usável por tonelada). Saiba mais sobre o tamanho da arca de Noé.
  2. A construção da arca: a Bíblia não nos dá muitos detalhes sobre os momentos da construção da Arca. Pode ser provável que Noé e seus filhos também tenham contratado muitas pessoas para ajuda-los na construção da arca. Considerando tudo que estava envolvido nesse empreendimento, esse projeto provavelmente atraiu atenção mundial, o que levou também a rejeição universal dos avisos e da pregação de Noé. Sabemos que enquanto Noé construía a arca, ele também pregava sobre o juízo de Deus. Mas sua mensagem foi rejeitada por todos (Hebreus 11:7). Saiba também se é possível mensurar quantos animais cabiam na arca de Noé.

Deus manda o dilúvio

Após o longo período de construção da arca, Noé, sua família e os representantes de cada espécie animal, finalmente entraram na nela.

  1. O Dilúvio: a Bíblia diz que abriram-se as janelas do céu e choveu sobre a terra por quarenta dias e quarenta noites. Também foram rompidas todas as fontes do grande abismo. Provavelmente isso significa que os oceanos passaram dos limites das costas continentais, contribuindo para a inundação. Sabemos que a climatologia pré-dilúvio provavelmente era muito diferente do que conhecemos hoje. Acredita-se que todo vapor que ficava suspenso na atmosfera superior e, que pela ausência das chuvas formava um verdadeiro oceano invisível no céu, desabou sobre a terra na forma de chuvas torrenciais (Gênesis 1:6-8).
  2. O Dilúvio foi local ou universal? Algumas pessoas tentam defender uma ideia de um dilúvio local. Porém a Bíblia é bastante clara ao afirmar que o dilúvio foi universal. Veja:

E as águas prevaleceram excessivamente sobre a terra; e todos os altos montes que havia debaixo de todo o céu, foram cobertos.
(Gênesis 7:19)

Assim foi destruído todo o ser vivente que havia sobre a face da terra, desde o homem até ao animal, até ao réptil, e até à ave dos céus; e foram extintos da terra; e ficou somente Noé, e os que com ele estavam na arca.
(Gênesis 7:23)

Pelas quais coisas pereceu o mundo de então, coberto com as águas do dilúvio,
(2 Pedro 3:6)

O juízo de Deus

Os habitantes da terra foram avisados do juízo divino que viria sobre eles. Noé pregou a justiça provavelmente por mais de um século. No entanto, ele e sua família, num total de oito pessoas, sobreviveram ao dilúvio.

  1. Um juízo universal: o juízo divino sobre a terra foi universal (Gênesis 6:13). Portanto, seria exigido um castigo de proporção universal. Deus não foi injusto com aquela geração. Aquelas pessoas foram avisadas, mas não se voltaram para Deus, pois todas elas estavam corrompidas (Gênesis 6:12).
  2. O juízo divino no inferno: sobre este ponto, primeiramente podemos dizer com certeza que aquela geração da época de Noé está em condenação eterna esperando apenas o Juízo Final. O juízo de Deus não passou sobre aquelas pessoas apenas no dilúvio. Elas terão de passar a eternidade no inferno, juntamente com todos os ímpios (Apocalipse 20:15). Sobre a possibilidade de Jesus ter pregado aos espíritos aprisionados da geração da época do dilúvio no período entre sua morte e ressurreição, não há qualquer fundamentação bíblica. Essa interpretação acerca de uma descida literal de Cristo ao Hades para pregar aos espíritos, se deve a um erro de interpretação de alguns textos bíblicos, principalmente o texto de 2 Pedro 3:18-20. Bem resumidamente, o que o texto de 2 Pedro está dizendo é que o Espírito de Cristo, através da vida de Noé, pregou para aquela geração. Isso significa que Noé, como “pregoeiro da justiça”, pregou no Espírito de Cristo às pessoas daquele tempo (2 Pedro 2:5). Porém, a pregação de Noé foi rejeitada e todos foram condenados. O próprio apóstolo Pedro afirma a condição de que o Espírito de Cristo é quem conduzia os profetas em suas pregações (1 Pedro 1:11). Acreditar que Jesus pregou durante sua morte às pessoas que morreram na época do dilúvio, além de causar uma série de contradições bíblicas, também invalida a posição de Noé como “pregoeiro da justiça”; e o ministério de todos os outros profetas que foram chamados por Deus.

Conclusão sobre a família que sobreviveu ao dilúvio

A geração dos dias de Noé provou todo o potencial que o homem tem para o pecado. Aquelas pessoas eram totalmente depravadas! Mesmo com Noé sendo usado por Deus para pregar a justiça, ninguém o escutou. Nossa geração se assemelha em muitos aspectos àquela geração; e não apenas aquela, mas também aos habitantes das cidades de Sodoma e Gomorra e tantas outras gerações que agiram de forma totalmente escarnecedora em relação aos mandamentos de Deus. Mas tudo isto é cumprimento do próprio Evangelho, e o juízo de Deus virá sobre a terra.

Pelas quais coisas pereceu o mundo de então, coberto com as águas do dilúvio,
Mas os céus e a terra que agora existem pela mesma palavra se reservam como tesouro, e se guardam para o fogo, até o dia do juízo, e da perdição dos homens ímpios.
(2 Pedro 3:6,7)

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Um Comentário

  1. Bênção,estudo com base e referências biblicas,não fala de heresias e suas teses são muito interessantes,pois não foge do contexto.
    Deus abençoe sua vida e q continue sendo usado para o reino de Deus