Quem Foi Chamado de Amigo de Deus na Bíblia?

Quando falamos em quem foi chamado de “amigo de Deus” na Bíblia, Abraão é sempre o nome mais lembrado. De fato, Abraão foi chamado de amigo pelo próprio Deus no texto bíblico (Isaías 41:8). Moisés também é outro personagem bíblico que ficou conhecido por sua amizade com Deus na Escritura, a ponto de Deus falar com ele face a face (Êxodo 33:11).

Porém, há ainda outras pessoas que também são identificadas como amigas de Deus na Bíblia. No entanto, todos os que são contados como amigos de Deus nas páginas bíblicas, têm em comum o fato de responderem com fé e obediência à graça de Deus, e assim experimentarem um relacionamento íntimo e especial com o Senhor.

Abraão: o amigo de Deus

Abraão, frequentemente lembrado como o “pai da fé”, também é chamado na Bíblia de “amigo de Deus”. Sua jornada com o Senhor começou com um chamado audacioso: deixar sua terra natal e ir para um lugar desconhecido, simplesmente confiando na promessa divina. Abraão, mesmo diante das incertezas, obedeceu. Sua fé não era meramente teórica; era viva, ativa e demonstrada em ações concretas.

Dessa forma, a amizade de Abraão com Deus foi solidificada por sua obediência e por sua confiança. No Novo Testamento, Tiago explicou que Abraão creu em Deus, e isso foi-lhe imputado como justiça, e então foi chamado “o amigo de Deus” (Tiago 2:3).

Mesmo quando foi pedido que Abraão sacrificasse seu único filho, Isaque, ele confiou que Deus proveria algo extraordinário naquela situação complicada. Inclusive, o escritor de Hebreus escreveu que a confiança de Abraão era tão grande no Senhor, que ele acreditava que, se fosse preciso, Deus ressuscitaria Isaque dos mortos para que a sua promessa fosse cumprida (Hebreus 11:18).

Portanto, a fé de Abraão não estava em suas próprias habilidades, mas na fidelidade inabalável de Deus. Dessa forma, na sequência da história bíblica Abraão é lembrado por mais de uma vez como amigo de Deus. O cronista, por exemplo, se refere a como a terra de Canaã foi dada por Deus a Abraão, seu amigo (2 Crônicas 20:7).

Através do profeta Isaías, o próprio Deus declarou sobre Abraão: “Mas tu, ó Israel, servo meu, tu, Jacó, a quem elegi, descendente de Abraão, meu amigo, tu, a quem tomei das extremidades da terra, e chamei dos seus cantos mais remotos, e a quem disse: Tu és o meu servo, eu te escolhi e não te rejeitei, não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel” (Isaías 41:8).

Moisés: o amigo que falava com Deus face a face

Em Êxodo 33:11, somos informados de que “o Senhor falava com Moisés face a face, como quem fala com seu amigo”. Moisés, o libertador de Israel, tinha um relacionamento único com Deus. Ele não apenas recebeu as tábuas da lei, mas também intercedeu pelo povo de Israel inúmeras vezes. Sua proximidade com Deus era evidente em sua coragem de pedir para ver a glória divina, bem como em sua experiência de falar abertamente com o Senhor.

A amizade de Moisés com Deus foi marcada por sua intercessão. Ele estava disposto a se colocar na brecha pelo povo, mesmo quando eles pecavam e se desviavam. Moisés procurava estar atendo ao propósito de Deus e buscava alinhar sua vontade à vontade divina.

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Quem pode ser amigo de Deus?

A Bíblia fala de outras pessoas que podem experimentar o privilégio imenso de uma amizade com Deus. Em outras palavras, ser amigo de Deus não é algo exclusivo de figuras bíblicas como Abraão e Moisés.

Antes, porém, é importante entender que diretamente aposta à amizade com Deus está a amizade com o mundo. Não há como ser amigo de Deus e amigo do mundo ao mesmo tempo. Sobre isso, Tiago alertou que quem quer ser amigo do mundo faz-se inimigo de Deus (Tiago 4:4). Deus seleciona os seus amigos de forma particular, e não aceita dividi-los com mais ninguém.

Mas a boa notícia é que a inimizade com Deus é superada pela obra de Jesus na cruz. Pelos méritos de Cristo fomos reconciliados com Deus. Jesus Cristo, o próprio Deus encarnado, explicou que todos aqueles que fazem a sua vontade, que obedecem os seus mandamentos, são seus amigos. Os seguidores de Cristo não desfrutam apenas de um relacionamento entre servo e Senhor, mas destruam de uma amizade verdadeira com Ele. Portanto, a amizade com Jesus não é superficial, mas requer compromisso, obediência e uma vida alinhada à vontade divina (João 15:13-15).

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