O Que Significa Glória na Bíblia? Saiba o Significado Bíblico de Glória

O significado de “glória” na Bíblia comunica a ideia de reconhecer a honra, a dignidade, a importância, a excelência ou a majestade de alguém. Essa palavra é usada em várias passagens bíblicas para falar da glória de pessoas, de lugares, de objetos, de reinos, da natureza, e, principalmente, da glória de Deus. O significado bíblico de “glória” em cada uma dessas passagens, deve ser entendido à luz do seu contexto.

No texto bíblico, a palavra “glória” traduz vários termos hebraicos e até um termo aramaico no Antigo Testamento. Já no Novo Testamento, essa palavra traduz alguns termos gregos. De qualquer forma, sua aplicação mais importante diz respeito à glória de Deus.

Significado bíblico de “glória” no Antigo Testamento

No Antigo Testamento, o termo mais comumente traduzido pela palavra “glória” é o hebraico kabowd. Esse termo transmite o significado de “peso”, “carga”, “reputação”, “dignidade” ou “honra”. Quando aplicado a um homem, esse termo indica que esse homem é alguém de posses ou uma pessoa honrada. É assim que José, por exemplo, é descrito na Bíblia como uma pessoa que tinha glória no Egito, referindo-se a sua elevada posição e riqueza (Gênesis 45:13).

Essa palavra também é aplicada na Bíblia para falar de lugares, objetos e nações. Por exemplo: o Templo de Jerusalém é retratado na Bíblia como um lugar de glória (1 Crônicas 22:5). As vestes sacerdotais de Arão eram para “glória e ornamento” (Êxodo 28:2). Um reino, com seu exército e seu povo, pode ser a expressão de sua glória (Provérbios 14:28; cf. 1 Reis 10:5).

Significado bíblico de “glória” no Novo Testamento

No Novo Testamento, a palavra “glória” frequentemente traduz o grego doxa. O significado básico desse termo grego implica no sentido de “opinião”, “julgamento” ou “ponto de vista” a respeito de algo ou alguém. Mas essa palavra também é usada para comunicar o significado de “reputação”, “fama” e até “esplendor”. Inclusive, é dessa forma que a Septuaginta — versão grega do Antigo Testamento — usa essa palavra para traduzir o hebraico kabowd; e o Novo Testamento aplica a palavra doxa com esse sentido em várias ocasiões.

Por exemplo: o texto bíblico de João 12:43 contrapõem a glória dos homens com a glória de Deus. Nesse texto, a palavra “glória” traz o sentido de “fama” ou “reputação”. Em Lucas 2:9, a glória do Senhor é descrita como um “brilho” ou “resplendor”. A ideia da glória de uma nação também é mantida no Novo Testamento (Mateus 4:8; 6:29). O apóstolo Paulo também escreveu que os convertidos são a glória de um evangelista (1 Tessalonicenses 2:20).

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A palavra “gloria” e o seu significado mais importante na Bíblia

Sem dúvida, a aplicação mais essencial da palavra “glória” na Bíblia diz respeito à glória de Deus. Nesse sentido, a palavra “glória” aponta para a grandeza, magnificência e a inacessibilidade inigualável de Deus. Na verdade, de certa forma a glória expressa a natureza divina, de modo que Deus é o “Deus da glória” (Atos 7:2).

O livro de Salmos registra que a glória de Deus está expressa de forma geral na natureza (cf. Salmos 19:1; 63:2). Deus também decidiu revelar sua glória de forma especial aos homens. O profeta Isaías, por exemplo, teve uma experiência extraordinária na qual ele contemplou o Senhor assentado num alto e sublime trono, servido por serafins que declaravam: “Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está repleta da sua glória” (Isaías 6:3). Nesse contexto é fácil perceber a intima ligação entre a glória e a santidade de Deus.

Já no Novo Testamento, a revelação de Deus em Cristo, é a revelação suprema dessa glória. O texto bíblico registra como a glória de Deus marcou o nascimento de Jesus Cristo (Lucas 2). Durante o ministério terreno de Jesus, em certa medida essa glória foi manifestada através dos sinais e milagres operados por Ele (João 2:11).

Até mesmo no ponto mais baixo de sua humilhação, isto é, sua morte na cruz, a glória divina não esteve ausente na pessoa de Cristo, de modo que os oficiais romanos puderam reconhecer sua filiação divina (Mateus 27:54).

O apóstolo João resumiu bem a glória de Deus revelada em Cristo quanto escreveu: E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, repleto de graça e de verdade” (João 1:14). O escritor da Carta aos Hebreus explicou que Jesus Cristo é resplendor da glória de Deus (Hebreus 1:3); bem como Tiago falou de Jesus como o Senhor da glória (Tiago 2:1). Pela soberana graça divina, aos redimidos é dado o privilégio de ter conhecimento dessa glória e poder participar dela (2 Coríntios 3:18; 4:6; 1 Pedro 5:4; Apocalipse 21:23).

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